1. Defesa de que alunos gravem professores em sala de aula:
Logo após sua eleição em 2018, mesmo antes de tomar posse, Jair Bolsonaro já demonstrava o tratamento que reservaria aos professores e outros profissionais da educação. Em nome da defesa contra uma suposta “doutrinação ideológica” por parte dos docentes, o presidente eleito à época defendeu que os alunos gravassem seus professores, afirmando que “só o mau professor se preocupa com isso aí”.
2. Bolsonaro diz que professores não querem trabalhar:
Em 2020, ano de início da pandemia mundial de Covid-19, Bolsonaro atacou os professores por não estarem dando aulas presenciais, afirmando que “Ficam ouvindo sindicato de professores. Pessoal deve saber como que é composto a ideologia dos sindicatos dos professores pelo Brasil quase todo. É um pessoal de esquerda radical. Para eles tá bom ficar em casa, por dois motivos: primeiro eles ficam em casa e não trabalham, por outro colabora que a garotada não aprenda mais coisas, não volte a se instruir”
3. “Excesso” de professores atrapalha:
Já em 2021, numa conversa a apoiadores na sede do governo, o presidente queixou-se de um suposto “excesso” de professores, afirmando que “(…) o Estado foi muito inchado. Não estou dizendo que não precisa de professor, mas o excesso atrapalha”. Na mesma conversa, reafirmou a censura ideológica aos docentes, afirmando “que não existem mais livros que os pais não gostariam que os filhos tomassem conhecimento na escola e não é pouca coisa, não”
4. Aprovação da PEC dos Precatórios:
Usada para financiar os auxílios sociais na época da eleição e não mexer nos recursos do orçamento secreto, a PEC dos Precatórios atingiu a categoria dos professores em cheio. Alvo de diversas críticas, Bolsonaro se defendeu afirmando que “Olha só o que a esquerda faz. ‘Ah, ele não quer pagar a dívida da professorinha de 20 anos atrás’. É verdade que é o dinheiro da professorinha de 20 anos atrás. Por que o Lula não pagou?”
5. Ataques a Paulo Freire
Como parte de seus ataques ao sistema educacional, Bolsonaro buscou retirar de Paulo Freire o título de patrono da educação brasileira, como parte de uma sistemática campanha para desacreditar o prestigioso educador. Em situações anteriores, o presidente chegou a se referir ao autor como “energúmeno”.
6. Confisco do tempo de serviço durante a pandemia:
Para fechar essa curta lista, de alguns poucos exemplos da postura do presidente para com os professores, nesse ano de 2022 foi sancionada a Lei Complementar 191/22. Essa lei prevê que o período de maio de 2020 a dezembro de 2021, a fase mais aguda da pandemia, não contará para efeito de obtenção de eventuais direitos que constem em planos de carreira, como adicionais, licença-prêmio, anuênios, quinquênios e outros.
FONTES:
https://www.sinteal.org.br/2020/09/bolsonaro-ataca-professores-e-diz-que-eles-nao-querem-trabalhar/
https://www.deverdeclasse.org/l/tempo-de-servico-dos-servidores-publicos/
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