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BRASIL

Metroviários de Belo Horizonte seguem mobilizados contra a privatização do metrô

Iza Lourença e Pablo Henrique*, de Belo Horizonte, MG

Os trabalhadores metroferroviários de BH continuam mobilizados contra a privatização do metrô de BH. No ano de 2021, fizeram uma greve muito importante do dia 23 de dezembro a 7 de janeiro/2022, na qual pautaram para a cidade as desvantagens de um sistema privatizado. Além de denunciarem a situação de 1600 trabalhadores que perderão o seu emprego caso se concretize tal política. A greve foi tão potente que o sindicato conseguiu negociar o não corte dos dias e horas paralisados pelo movimento paredista, além da simpatia da população. A greve foi suspensa para aguardar a resposta dos governos federal e estadual sobre as questões referentes à privatização.

Maiores informações sobre a proposta de privatização do metrô de BH você encontra na matéria do Esquerda Online acessando esse link https://n9.cl/nqni3

No próximo dia primeiro de fevereiro, a categoria realizará uma assembleia que analisará as respostas dos questionamentos sobre o futuro dos trabalhadores, vale ressaltar que após quase 30 dias de espera a CBTU não respondeu aos questionamentos e pede ao judiciário que multe os trabalhadores. 

Diante da resposta, ou melhor dizendo, da ausência de respostas é possível a retomada da greve. Os metroviários e metroviárias discutirão em assembleia, caso seja da vontade do conjunto dos trabalhadores, retomar a greve, o formato da greve e o plano de atuação junto à população da cidade para esclarecê-la e ganhar a opinião pública para essa campanha que também é dela. Para se ter uma ideia, quando se começou a discussão sobre a privatização do metrô de BH em 2019 o bilhete de metrô custava R$1,80, atualmente custa R$4,50. A proposta é que haja apoio das entidades sindicais, estudantis e do movimento popular para essa luta como foi durante a última greve citada, pois várias entidades sindicais enviaram moções de apoio ao sindicato, governo e CBTU, se colocando ao lado dos grevistas.

O momento da luta agora é fazer com que o governo Bolsonaro recue da privatização, mantendo a empresa estatal e à frente da prestação desse serviço, mas que garanta os 3,2 bilhões prometidos (governo federal mais o governo do estado de MG) para a manutenção e expansão do metrô na capital mineira.

Fazemos um chamado a todos a que venham a apoiar a nossa greve!

 

*Pablo Henrique, Diretor do SindimetroMG, e Iza Lourença, Diretora do SindimetroMG e Vereadora PSOL/BH