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MOVIMENTO

Comitê Fora Bolsonaro convoca novo ato: 3 de julho nas ruas pelo impeachment!

Comitê Fora Bolsonaro faz reunião de emergência, marca ato nacional para 03/07 e marca protesto em 30/06 em Brasília com o pedido de impeachment

da redação

Uma reunião de emergência do Comitê Nacional Fora Bolsonaro foi realizada na tarde deste sábado, 26, para discutir as mudanças na conjuntura política, após os depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde, com denúncias de corrupção na compra da vacina Covaxin.

A reunião acabou por volta das 19h, com todas as forças que compõem esse espaço unitário, e aprovou a realização de um ato nacional no próximo sábado, 03 de julho, repetindo os dias de luta em 29 de maio e 19 de junho.

Aprovou ainda o fortalecimento do ato nesta quarta-feira, 30/06, às 17h, em Brasília, durante a entrega do “superpedido” de impeachment, que, além da denúncia de responsabilidade de Bolsonaro sobre as mortes na pandemia, também trará a denúncia de corrupção na compra da vacina. Neste dia, será realizado um grande ato do lado de fora do Congresso Nacional.

“A cada dia, a tarefa de derrubar Bolsonaro é mais urgente e essa tarefa cabe ao povo, que tem sua vida ameaçada, pela fome, pela covid e pela bala da polícia. Com as novas denúncias envolvendo o governo, é hora de ocuparmos as ruas no dia 3 de julho, como fizemos no 29M e no 19J. E de manter a unidade das organizações dos trabalhadores em torno à Campanha Fora Bolsonaro, fundamental para derrotarmos Bolsonaro e o bolsonarismo”, afirma Juliana Donato, militante da Frente Povo Sem Medo e da Resistência/PSOL.

A reunião manteve a plenária nacional de Lutas Populares, marcada para o dia 1 de julho, às 18h, virtualmente.

 

CPI DA PANDEMIA

A sessão desta sexta-feira, 25, da CPI da Pandemia provocou mudanças na situação política. O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde denunciaram irregularidades na compra da vacina Covaxin, indiana, produzida pelo laboratório Bharat Biotech. Apesar das várias irregularidades no processo de compra (preço, validade, comissão, etc), o servidor afirmou que sofreu “pressão atípica” para agilizar a compra.

A compra da vacina seria intermediada por uma empresa nacional – a Precisa – e envolveria comissão de mais de R$ 200 milhões de reais. O contrato não foi assinado, pois o servidor se recusou a assinar, diante de fraudes.

Por sua, vez o deputado Luis Miranda reafirmou que comunicou a situação ao presidente Jair Bolsonaro, em uma reunião presencial, e que ele teria dito, imediatamente, que isso é “coisa do deputado federal Ricardo Barros, seu líder na Câmara, e que se mexer nisso vai dar merda”. Luis Miranda revelou o nome de Ricardo Barros na audiência.

A pressão pela assinatura para a compra dessa vacina – mais cara, com validade curta e recusada por muitos países – contrasta com a atitude diante de outros laboratórios. O Governo Bolsonaro recusou durante meses pedidos e contatos para a compra de vacinas com eficácias mundialmente reconhecidas. O resultado é o patamar de 511 mil mortes, das quais ao menos 95 mil poderiam ser evitadas com a vacina.

A reunião foi marcada pela ação de governistas, tumultuando, e a presença na Casa de Frederic Wassef, advogado do senador Flavio Bolsonaro e que escondeu Queiroz em sua casa. Ao final, parlamentares que lideram a CPI deram uma coletiva, na qual afirmaram estar diante de um caso gravíssimo e apontaram a possibilidade levar o tema ao STF e de seguir com o processo de impeachment.

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Fora Bolsonaro