Nem bala, nem fome, nem covid! Basta de genocídio! Essa é a palavra de ordem do chamado para o ato a ser realizado neste sábado, 8, às 17h, no vão livre do MASP, em São Paulo. A manifestação, convocada pela Coalizão Negra por Direitos, irá denunciar a operação ilegal da quinta-feira na favela carioca do Jacarezinho, que se tornou a maior chacina da história do estado do Rio de Janeiro.
No mesmo horário, ocorrerá a manifestação em Belo Horizonte (MG), na Praça Sete, convocada por partidos e organizações de esquerda, como PSOL, PT, PCB, UP, organizações como as Brigadas Populares, e movimentos e coletivos.
Nesta sexta-feira, dois atos foram realizados no Rio de Janeiro, ambos na Favela do Jacarezinho. O primeiro ato teve início na Cidade da Polícia, sede da Polícia Civil, às 07h, de onde teve início a passeata até a comunidade. O outro ocorreu no fim do dia, na sede da escola de samba, saindo em caminhada no início da noite. (Veja vídeo)
A invasão da favela deixou um saldo de 25 mortos e dois baleados. Há relatos de diversas arbitrariedades, incluindo execuções sumárias. A operação da polícia ignorou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, conhecida como ADPF das Favelas, na qual o Supremo Tribunal Federal (STF) impedia a realização de ações policiais de grande porte em comunidades durante a pandemia.
A Organização das Nações Unidas (ONU) se manifestou exigindo que a chacina no Jacarezinho seja investigada de forma independente pelo Ministério Público e citou a tendência ao “uso desproporcional” da força nas favelas.
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