No dia em que o Brasil ultrapassa os 400 mil mortos pelo coronavírus, nos solidarizamos com as famílias e com todo o povo brasileiro atingido pela pandemia e conclamamos mais uma vez o país a interromper o governo da morte e da destruição nacional.
Hoje, o Brasil chega a este triste marco da pandemia e ainda estamos em abril, já morreram mais pessoas em 2021 de Covid-19 do que em todo o ano passado. Em algumas cidades morrem mais pessoas do que nascem.
Há quase um ano, o movimento sindical e popular, organizações da sociedade civil, partidos políticos e coletivos militantes se uniram para dar vida à Campanha Fora Bolsonaro e para enfrentar esta grave crise que vivemos. Compreendemos, ainda nos primeiros meses da pandemia, que não há saída para a crise brasileira enquanto a nação for dirigida pelo governo Bolsonaro. Essa crise tem consequências tão graves para o Brasil e para a vida do seu povo que não podemos, passivamente, esperar por uma nova eleição.
É por isso que elencamos os crimes de Bolsonaro, pedimos seu impeachment à Câmara dos Deputados, várias vezes e por várias razões. Outros, antes de nós, já haviam elencado os crimes que tornaram possível sua vitória nas eleições de 2018 e até hoje também não tiveram veredicto da justiça eleitoral para a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão.
Entendemos que o país não é vítima da simples incompetência. Ele é presidido por um projeto de destruição da nação brasileira.
É um projeto de destruição do território nacional, que se dá pela acelerada degradação ambiental e também pela ânsia de entregar solo, subsolo, água, energia e petróleo ao controle privado internacional.
É um projeto de destruição da democracia e da cultura brasileira, que passa pela tentativa de revisar nossa história, pelos sucessivos ataques às instituições e liberdades democráticas e pela perseguição à diversidade política e cultural, buscando submeter o país a uma visão de sociedade única, violenta e conservadora.
É um projeto de destruição do Estado brasileiro que, de um lado, sufoca todas as políticas públicas em nome de uma austeridade cruel e de um teto de gastos criminoso e, por outro, trabalha para a privatização de serviços e empresas públicas essenciais para a soberania e o desenvolvimento nacional.
E é, cada vez mais, um projeto de destruição da vida da classe trabalhadora, dos indígenas, quilombolas, dos negros e negras que morrem aos milhares, todos os dias, vítima da negação da ciência, da incompetência na gestão e da indiferença de um governo que coloca, sempre, o lucro acima da vida. Evidências disso é a proposta de privatização da vacina e os gastos com cloroquina feitos pelo governo Bolsonaro.
Nos irmanamos com o povo brasileiro que sofre com o desespero do desemprego, a agonia da fome, o medo da doença e o vazio deixado pela morte de alguém próximo. Não somos indiferentes! Não podemos nos calar!
Continuaremos a lutar pela vacina para todas as pessoas pelo SUS. Nos somamos à luta internacional pela quebra das patentes das vacinas, permitindo maior produção e distribuição. Renovamos nossa defesa do Sistema Único de Saúde, que já salvou milhões de vidas e poderia salvar ainda mais com financiamento adequado e coordenação de ações entre governo federal, estados e municípios.
Continuaremos a luta para que todas as pessoas tenham o direito ao isolamento social e para que a fome não seja um medo ainda maior do que o da doença. É urgente que o Congresso Nacional restabeleça um Auxílio Emergencial digno de, no mínimo, R$600 até o fim da pandemia, retome os programas de proteção aos empregos e apoie a produção de alimentos da agricultura familiar.
Continuaremos a lutar por Fora Bolsonaro! Um governante que promove desemprego, pobreza, fome, doença e morte é um genocida e deve ser responsabilizado urgentemente pelos seus crimes, seja pelo congresso nacional através do impeachment, seja pela interdição judicial de uma presidência criminosa.
Aproveitamos para saudar a criação da CPI da Pandemia no Senado Federal que iniciou nesta semana os trabalhos da CPI da Pandemia e que poderá dar transparência à sociedade brasileira quanto aos inúmeros crimes cometidos por Bolsonaro no enfrentamento ao coronavírus. Assim como, a iniciativa dos partidos de oposição que articulam a unificação dos mais de 100 pedidos de impeachment que dormem nas gavetas do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL). Apoiamos toda a pressão social, política e jurídica para que esses pedidos sejam analisados com urgência pelo Congresso Nacional.
Estamos juntos, movimento sindical e popular em centenas de ações em todo o Brasil que levam nossa mensagem de luta, esperança e solidariedade aos trabalhadores e ao povo que mais precisa.
É por isso que conclamamos toda a militância social que compartilha dos nossos compromissos de luta a se somar em nossa Jornada de Lutas e Solidariedade com a classe trabalhadora: “QUEREMOS VACINA NO BRAÇO E COMIDA NO PRATO!”, que se estenderá até o sábado, Primeiro de Maio, dia Dia do Trabalhador.
Nos encontraremos, no próximo dia 11 de maio, para uma grande plenária nacional de organização das lutas populares para a qual toda a militância está convidada e na qual definiremos juntos os próximos passos da nossa agenda unitária.
Em defesa da vida do povo brasileiro!
Vacina Já!
Auxílio Emergencial de R$600!
Fora Bolsonaro!
Brasil, 29 de abril de 2021
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