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BRASIL

A cabeça onde os pés pisam: Por que a vereadora Iza Lourença vai doar parte do seu salário

Equipe Iza Lourença, de Belo Horizonte, MG
Reprodução / Instagram

Hoje em dia parlamentares de diversos espectros políticos, da esquerda até a extrema direita, seja ela liberal ou conservadora, vem pautando a discussão sobre os privilégios dos políticos. Políticos milionários, herdeiros diretos da Casa Grande anunciam com pompa abrir mão integral ou parcialmente de salários de cinco dígitos. Logo em seguida, a partir dessa ação demagógica, chamam de privilégios os poucos direitos dos trabalhadores e defendem que a população que trabalha todo dia para colocar a nossa cidade para funcionar viva de forma cada vez mais precária. João Dória e Romeu Zema são membros ativos desse clube. Nós os desafiamos a abrir mão dos seus lucros e dividendos e viver com a renda de um professor estadual de Minas Gerais ou de São Paulo.

O “mandato movimento” de Iza Lourença (PSOL) tem como um de seus pilares o combate aos privilégios. Para isso, defende uma inversão de prioridade radical do poder público, transformando o Estado em agente ativo no combate aos privilégios dos grandes empresários: deve aumentar impostos sobre os super ricos e diminuir os dos mais pobres; deve expropriar imóveis em situação de ilegalidade para cumprir a lei e garantir moradia popular. 

A doação de salários, para Iza, diz respeito a não tirar os pés de onde veio, como ela mesma disse em recente entrevista à Rádio Itatiaia: Hoje um vereador na Câmara de Belo Horizonte ganha um salário bruto de R$ 18 mil. Eu sou bilheteira do metrô. Meu salário base é R$ 1,7 mil. Se eu passo a receber dez vezes mais do que eu ganho eu vou mudar de vida e isso vai fazer com que eu tenha menos percepção dos problemas da cidade. A cabeça pensa onde os pés pisam”.

Para Iza, abrir mão de privilégios individuais não é uma ação demagógica para justificar retiradas de direitos de professores, enfermeiros e garis. Abrir mão de privilégios é uma concepção que a mantém mais próxima da população trabalhadora de Belo Horizonte. “A cabeça pensa onde os pés pisam, e nós sabemos muito bem onde queremos continuar pisando”, conclui Iza Lourença.

Confira o vídeo do primeiro pronunciamento de Iza na Câmara

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