Neste domingo (15), o povo brasileiro vai às urnas machucado por uma pandemia que já matou mais de 160 mil pessoas, pelo desemprego em nível recorde e pela violência que acomete principalmente a juventude negra, as mulheres e a população LGBTI.
Enquanto a classe trabalhadora batalha pela sobrevivência, ameaçada tanto pelo vírus como pela falta de emprego, o governo de Jair Bolsonaro boicota a produção da vacina contra a covid-19, anuncia o fim do auxílio emergencial a partir de janeiro, ataca os serviços públicos e seus servidores e profere insultos e bravatas todos os dias.
Entristecido pela derrota de seu chefe, Trump, nos Estados Unidos, Bolsonaro vê sua rejeição subir nas principais capitais do país. Enquanto isso, seus candidatos caem nas pesquisas de opinião, como é o caso de Celso Russomano, em São Paulo.
Por sua vez, a direita tradicional (DEM, PSDB e MDB) pretende retomar o espaço roubado pela extrema direita em 2018, para vencer na maioria das capitais. Já a esquerda (PSOL, PT e PCdoB) está na disputa em grandes e médias cidades, com destaque para a possibilidade de vitória de Edmilson Rodrigues, em Belém, e de Manuela d’Ávila, em Porto Alegre, e ida de Guilherme Boulos ao segundo turno em São Paulo. Mas a luta eleitoral é acirrada, e o centro-esquerda (PDT e PSB) também está bem posicionado em capitais importantes, como Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro.
O resultado eleitoral indicará uma certa correlação de forças entre os partidos e lideranças políticas para os próximos anos. O principal desafio da esquerda nessa disputa é, por um lado, enfraquecer o bolsonarismo, preparando as condições para derrubar o governo Bolsonaro nas ruas, sem ter que esperar as eleições de 2022, e, por outro, avançar na luta por um governo da esquerda, sem alianças com a direita e a classe dominante.
Nesse sentido, o voto de esquerda mais consequente é o voto no PSOL. Trata-se do partido mais combativo, nas ruas e no Congresso, contra o bolsonarismo e em defesa dos direitos da classe trabalhadora e oprimida. Trata-se do partido mais conectado com a luta da juventude trabalhadora, do movimento negro, feminista, LGTBI, indígena e ambientalista. Trata-se, por fim, de um partido que apresenta um projeto de poder para a classe trabalhadora sem alianças com a burguesia e a direita, portanto, um projeto anticapitalista.
No interior do PSOL, a corrente Resistência, que impulsiona o portal Esquerda Online, tem orgulho de apresentar dezenas de candidatas e candidatos socialistas, que são trabalhadores, antirracistas, feministas, antiLGBTfóbicos e ecossocialistas. Candidaturas que combatem com máxima prioridade o bolsonarismo nessas eleições, levando um programa anticapitalista e revolucionário ao povo trabalhador. Além do voto para o executivo, vale ressaltar também a importância de eleger vereadores do PSOL para ocupar as Câmaras Municipais com parlamentares comprometidos com a luta dos explorados e oprimidos.
Inspirados pela vitória do povo boliviano contra o golpe, pelo triunfo do povo chileno contra a constituição neoliberal de Pinochet e pela derrota de Trump imposta pelo levante antirracista, vamos neste domingo votar pelo Fora Bolsonaro. Vote 50! Vamos eleger prefeitos e vereadores do PSOL!
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