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MOVIMENTO

Acordo coletivo dos bancários: Mais um ótimo negócio para o patrão

Manifesto
Arquivo Contraf/CUT

Detalhe negociação de 2016

O Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial assinado pela CONTRAF/CUT e pela CONTEC tem se mostrado ótimo para o banco e péssimo para os funcionários. Mais uma vez essas entidades mostram que estão ao lado dos banqueiros, contra os bancários.

Como alertamos a não definição de quem necessariamente deveria ficar afastado no texto do acordo abria possibilidade para o banco impor medidas de volta ao trabalho presencial. No dia 21/07, em comunicado aos gestores o BB abriu possibilidade para a volta de funcionários que coabitam com grupo de risco.

E pior a MP 927 perdeu a validade no dia 19.  Mas o acordo coletivo assinado pela CONTRAF/CUT tem validade de dois anos. Isso significa que somente os bancários do BB poderão continuar tendo adiantamento de férias, banco de horas negativos e outras agressões às nossas condições de vida e trabalho previstos na MP. Além disso, os ataques ocorridos durante a vigência da MP (adiantamento das férias e banco de horas negativos ) estão legitimados pelo acordo.  Este resolveu o problema de segurança jurídica para o BB, mas a CONTRAF/CUT – sempre serviçal –  também salvou o Itaú e outros bancos através de aditivos ao Acordo de trabalho.

O BB claramente puniu os colegas do grupo de risco ao antecipar as férias e colocar horas negativas punindo colegas que não podem trabalhar por causa da pandemia.  Agora o banco coloca em risco a vida de familiares que coabitam com funcionários do banco.  Exigimos que o banco volte atrás no seu comunicado e não autorize gestores a convocar funcionários desse grupo para voltar ao trabalho presencial. Tanto os funcionários do grupo e os que coabitam precisam ter direito a home-office, independente da função que desempenhem antes da pandemia.

A CONTRAF/CUT segue em conluio com os banqueiros, na MP 905/2019 fez um acordo que claramente ataca a jornada de seis horas dos bancários e economiza bilhões para os banqueiros em seus passivos, referentes a provisões de perdas futuras nas ações judicias de sétima e oitava hora.

A cada dia fica mais claro para a categoria a falência da estratégia da CONTRAF/CUT que é         “resolver tudo em negociações “ com os banqueiros sem mover a categoria para luta ou mesmo enfrentar os bancos no campo jurídico. A categoria está vendo que a estratégia da CONTRAF/CUT visa atender os lucros dos banqueiros e os privilégios dos seus dirigentes sindicais.

Os Sindicatos do Rio Grande do Norte, Maranhão, Bauru e Pelotas estão de parabéns em não assinar o acordo. Nós da oposição fizemos campanha pela não assinatura do ACT, e não estaremos medindo esforços para categoria se organizar e lutar contra todos esses ataques, passando por cima das entidades que se colocam a serviço dos banqueiros.

ASSINAM:

Bancari@s da Travessia
Bancari@s do Mover
Coletivo Bancari@s em Ação.
Frente Nacional de Oposição Bancaria (FNOB)
Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
Movimento Nacional de Oposição Bancaria (MNOB)
Sindicato dos Bancários do Maranhão
Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte
Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região

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bancários