“Em um Brasil que convive com sistemática e profunda violência de gênero, feminicida, e étnico-racial, estruturalmente genocida, o governo neofascista nomeia novo “ministro da educação” que defende a “educação pela dor”. Não é novidade que a sociedade brasileira conviva com a “educação pela dor”, uma sociedade fraturada em classes, herdeira de 388 anos de escravização negra e genocídio indígena (institucionalizados), arraigadamente heteropatriarcal.
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Nós, que somos educadores e educadoras da escola pública, conhecemos a “educação pela dor” que mata crianças e jovens ou que devasta suas vidas, psicologicamente em especial. Na escola é o que vemos e conhecemos, essa “educação pela dor” que está aí no mundo: meninas, crianças ou jovens, violentadas, não pelo “estuprador nas sombras” que vemos nos filmes, mas pelos homens de suas “famílias” (tradicionais?); meninos, crianças ou jovens, que morrem todos os dias, ou vivem a violência lhes matar como humanos em vida, pela “guerra às drogas”. É na escola que vemos a “educação pela dor”… Da fome, do abandono, da negligência!
Diante da violência contra nossas crianças e jovens, respondamos com a esperança das flores… E a firmeza das pedras!”
E é nas escolas, que o ministro-pastor quer “exorcizar” da “ideologia de gênero”, que estas crianças e jovens muitas das vezes têm a única chance de conhecer a visibilidade, a atenção, o cuidado, o amparo. É essa pedagogia dos afetos que eles chamam de “ideologia de gênero” ou “escola partidarizada” e querem ver extirpada da escola para imporem sua “educação pela dor” institucionalizada.
A guerra cultural dos bolsonaristas segue firme e forte, avançando nos seus ideários mais… Violentos! Do elogio da morte à pedagogia da violência, nós, educadores/as, devemos responder com o elogio da vida e a pedagogia do amor. Ao ideal do professor-policial do ministro-pastor, que façamos o contraponto como professor-povo. Diante da violência contra nossas crianças e jovens, respondamos com a esperança das flores… E a firmeza das pedras!”
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