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MUNDO

29 de novembro: dia de solidariedade internacional ao povo palestino

Roberto Mansilla*

 

Nesse dia 29 de novembro de 1947, portanto, há 72 anos, em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, foi aprovada a Resolução nº 181, que decidiu pela partilha do território da Palestina histórica para o estabelecimento de um estado judeu e um árabe, sem qualquer consulta aos habitantes locais. Como consequência, o Estado de Israel foi implementado em 15 de maio de 1948 e o da Palestina não foi assegurado, culminando na Nakba (catástrofe), em que foram expulsos mais de 700 mil palestinos de suas casas e centenas de vilas foram destruídas.

O resultado é a ocupação mais longa do período contemporâneo, que tem sido aprofundada, ao arrepio das leis e convenções internacionais. Uma das maiores tragédias sociais do século XX e que continua nos dias de hoje, sem haver interesse real em sua resolução. Segundo o grande intelectual e ativista palestino Edward Said (1935-2003), os palestinos e sua causa continuam “invisíveis” diante do “dito mundo civilizado e ocidental”. Porém, é importante não esquecermos que a própria burguesia dos países árabes tem sua parcela de responsabilidade nessa falta de empenho ao lado da resolução da causa palestina.

O que é não há dúvida é que a “questão palestina”, continua a ser uma das maiores tragédias do século XX (e que continua no século XXI!), representando a negação e o desrespeito de todos os direitos inalienáveis do povo palestino, como à autodeterminação, à saúde, à educação, a transitar livremente. Os territórios ocupados, Gaza e Cisjordânia vivem um apartheid social e econômico por parte de Israel que continua a aplicar sua histórica política de colonialismo, racismo e limpeza étnica.

Por essa razão, lembrar, discutir, e realizar atividades nesse dia 29 de novembro são importantes pois fortalecem a luta heroica de um povo que mesmo diante de todo terrorismo estatal resiste e luta, desafiando a bestial máquina de guerra israelense, como nas históricas Intifadas (1987 e 2000), “guerras de pedras”, que os palestinos,  em especial, o jovens, enfrentaram os tanques de guerras de Israel com uma coragem impressionantes.

A solidariedade militante e ativa ao povo palestino, nesse DIA 29, precisa ganhar as ruas e dar visibilidade a luta pela AUTODETERMINAÇÃO do povo palestino, clamando pelo FIM IMEDIATO DA OCUPAÇÃO DA PALESTINA.

Vamos nos somar a essa luta. É por direitos humanos e justiça!

*Professor de História da rede municipal de Educação/RJ e militante da Resistência/PSOL

 

 

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