Na última quinta-feira, 10, mais um jovem foi assassinado durante operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. Desta vez, o jovem Kelvin Gomes, de apenas 17 anos, foi morto na comunidade Pára-Pedro, localizada na Zona Norte da cidade.
Os familiares e muitos moradores sustentam que os disparos foram feitos por policiais. Além de Kelvin, os tiros acertaram outros quatro moradores, entre eles um jovem de 16 anos.
Centenas de pessoas estiveram presentes no enterro de Kelvin, na última sexta-feira, 11, no Cemitério do Irajá, próximo a comunidade. O sepultamento foi marcado por grande revolta popular. Num vídeo, que circulou nas redes sociais, a tia de Kelvin fez um desabafo que emociona todos e todas que chegaram a assisti-lo.
Após o comovente enterro, os parentes e os membros da comunidade iniciaram um legítimo protesto, nas ruas próximas ao Cemitério. A manifestação foi violentamente reprimida pela PM.
As imagens, já divulgadas na grande imprensa, mostram um policial totalmente descontrolado atirando de fuzil em direção a população, depois de chutar um manifestante.
Polícia do RJ mata 5 pessoas por dia em 2019
As mortes cometidas por policiais acontecem esmagadoramente nestas operações nas favelas e regiões da periferia. Nenhuma operação policial foi realizada em áreas controladas por milícias, durante o governo Witzel.
No Rio de Janeiro, penas nos primeiros outros meses de 2019, as mortes cometidas por policias já passavam de 1.200. Uma média de cinco mortes por dia.
A execução do jovem Kelvin não vem apenas engrossar as estatísticas recordes de mortes geradas por policiais, ela é bem emblemática e comprova a política genocida de segurança pública e o verdadeiro terrorismo de Estado praticados pelo governador neofascista Wilson Witzel (PSC). Política esta que tem alvo certo: o extermínio da juventude pobre e negra das favelas e periferias do Rio de Janeiro.
Agora, em novembro, vamos celebrar o Mês da Consciência Negra, especialmente no 20 de novembro lembraremos a morte do grande herói Zumbi dos Palmares e Dandara. Este mês deve ser aproveitado pelos movimentos sociais e de luta contra o racismo para a realização de fortes mobilizações de rua, contra a política assassina e racista de segurança pública de Bolsonaro, Moro e Witzel.
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