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BRASIL

A culpa é do Witzel

Pedro Augusto Nascimento, de Santo André, SP
Reprodução

Nesta semana, o RJ TV divulgou um vídeo demonstrando como a política de “mirar na cabecinha”, do Witzel, é uma opção deliberada por matar negros inocentes. Naquele caso, na Vila Vintém, por pouco dois homens não foram alvejados pela polícia por portarem um tripé de microfone. Mas não escaparam da humilhação de terem que pedir desculpas por estarem, simplesmente, existindo.

A orientação do Estado aos policiais é: “na dúvida se o ‘suspeito’, sempre negro, porta arma ou não, estando o policial sob ameaça ou não, atira”. É extermínio puro. Terrorismo, mesmo. Não há nada de auto-defesa.

No caso de ontem, no Alemão, fica evidente que tivemos o revoltante assassinato de Ágatha, mas não seria menos revoltante ou arbitrário se o tiro tivesse atingido o motoqueiro que não parou na abordagem da polícia, também negro, visto que todas as testemunhas confirmaram que ele não estava armado e não oferecia risco algum a ninguém.

Por isso Witzel é um genocida. Não há meias palavras. Agravou ainda mais a política de morte que já era a marca do Estado no Rio de Janeiro em todas as suas esferas. Do lado dos policiais, a desumanização provocada por essa política adoece e já mata por suicídio mais do que nos confrontos com traficantes.

O Rio de Janeiro precisa deixar de ser um campo de concentração para os favelados para tornar-se um barril de pólvora da resistência contra o projeto de  genocídio do povo negro e de destruição do país que Witzel compartilha com Bolsonaro.

#VidasNegrasImportam