Unificar as lutas em defesa das estatais e da educação pública


Publicado em: 12 de setembro de 2019

Editorial

Editorial de 12 de setembro de 2019

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A ampla maioria da população brasileira está contra as privatizações. Segundo o Datafolha, 67% da população se opõe à venda das empresas estatais. O governo, porém, segue firme no propósito de vender tudo que for possível. Em entrevista ao jornal Valor, publicada nesta segunda (9), o ministro Paulo Guedes afirmou que pretende privatizar “todas as estatais”.

Diante desse cenário, é fundamental denunciar ao povo a sanha de Bolsonaro e de Paulo Guedes em vender as empresas estatais, entregando o patrimônio público a preço de banana para grandes capitalistas estrangeiros e nacionais.

Da mesma forma, segue sendo fundamental a luta em defesa educação pública. Com o estrangulamento orçamentário imposto pelo governo, muitas universidades e institutos federais estão anunciando a paralisação de várias atividades e serviços. Do mesmo modo, está seriamente ameaçada a pesquisa científica no país, em decorrência dos draconianos cortes de verbas das instituições que concedem bolsas de pesquisa, como a CAPES e o CNPq.

Como é sabido, os estudantes e os trabalhadores da educação estão encabeçando um valioso processo de mobilização e resistência desde o início do ano. Nesse momento, juntam-se a eles os trabalhadores dos Correios (que estão em greve nacional) e da Petrobras, que se mobilizam contra a privatização das estatais.

Assim, a resistência social começa a se ampliar para além do setor educacional.  A principal tarefa das direções do movimento é unificar essas lutas, para contagiar outras categorias e ampliar o combate à agenda de Paulo Guedes e Bolsonaro. Afinal, apenas com a mais ampla e unitária mobilização da classe trabalhadora será possível derrotar esse governo e seus ataques.

Corretamente, a direção da UNE votou a construção de um calendário de lutas conjunto com os trabalhadores das estatais que estão sob o risco de perderem seus empregos com as privatizações generalizadas. A proposta é a construção de uma greve nacional de 48h da educação nos dias 02 e 03 de outubro. Nessa mesma data, os funcionários das empresas estatais farão mobilizações por todo país. Importa lembrar, também, que está marcado para 20 de setembro o dia global de luta pelo clima e em defesa da Amazônia, que é outra pauta central paras as lutas sociais neste período.

O esforço de unificar as lutas em curso, tendo em vista um calendário unitário de todo movimento sindical e social, precisa ser um esforço também das centrais sindicais. Essas entidades precisam abraçar e fortalecer esse calendário que integra o movimento estudantil, as mobilizações da educação e a luta contra a privatização das estatais brasileiras.

Dia 02 e 03 de outubro, todos às ruas!

Em defesa da educação pública!

Em defesa do meio ambiente e da Amazônia!

Pela soberania nacional e os empregos, não às privatizações!

Em defesa dos direitos, contra a reforma da previdência!


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