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BRASIL

Projetos de Lei impedem acúmulo de função de motorista e cobrador no transporte público de Pernambuco

Oposição rodoviária O Guará
Divulgação

Deputadas estaduais da mandata Juntas (PSOL) e o rodoviário Aldo Lima

Entendendo a necessidade de lutar contra a demissão dos cobradores e o acúmulo de função por parte do motorista de ônibus no transporte público de passageiros da Região Metropolitana do Recife, a Oposição Rodoviária O Guará tem realizado várias iniciativas contra esse retrocesso.

Na tarde desta terça-feira (20), as Juntas codeputadas estaduais (PSOL-PE) e a Oposição O Guará protocolaram na Assembleia Legislativa de Pernambuco o Projeto de Lei (PL) 471/2019, que impede a dupla função motorista-cobrador e a consequente demissão dos cobradores.

Um projeto similar tramita na Câmara de Vereadores do Recife, o PL 05/2019, elaborado pelo vereador Ivan Moraes (PSOL-PE), também em parceria com O Guará.

Para reforçar a tramitação desses projetos, O Guará está fazendo um abaixo-assinado com a população, que já conta com milhares de assinaturas. Para Aldo Lima, representante de O Guará, “é importante a participação da população no abaixo-assinado, pois, além de estarem em jogo mais de 7 mil empregos de pais e mães de família, a população e o motorista ficam em risco com o acúmulo de função”.

COBRAR E DIRIGIR: É SEGURO? 

O fim dos cobradores, caso seja realmente implementado, afetará não somente a categoria rodoviária, que já sofre com as más condições de trabalho, a intrajornada e a enorme carga de stress. A dupla função significará mais que a superexploração dos motoristas, pois afetará também o conjunto do transporte público de passageiros da Região Metropolitana do Recife, colocando em risco a saúde e a segurança dos usuários.

Se o Código Brasileiro de Trânsito não permite nem o uso do celular na direção, por que os usuários do transporte público deveriam ficar expostos ao exercício da dupla função motorista-cobrador? Em estados onde a dupla função já foi estabelecida, a sociedade civil está lutando para reverter esse retrocesso. As viagens ficaram muito mais longas. Em ônibus lotados, o motista tem que passar troco, dar informações aos passageiros, operar o elevador de cadeirante e dirigir o coletivo, tudo ao mesmo tempo