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EDITORIAL

13 de Agosto: construir novo tsunami da educação

Editorial de 07 de agosto de 2019
Kauê Scarim / PSOL Nacional

Manifestação em São Paulo, no dia 05, convocada pela Frente Povo Sem Medo

Se você quer fazer algo para defender a educação pública e impedir que o governo Bolsonaro siga aplicando seu festival de ataques, dia 13 de agosto é uma ótima oportunidade pra você ir pra rua expressar toda sua indignação. Só com grandes mobilizações vamos derrotar Bolsonaro.

Nesse sentido, os estudantes estão convocando manifestações em todo país no próximo dia 13. Artistas, a comunidade educacional e sindicatos também estão envolvidos nessa iniciativa. Para tanto, a convocação precisa ser a tarefa prioritária de todos os lutadores e lutadoras do país nesta semana.

O governo Bolsonaro segue tendo a educação pública como um dos seus principais alvos. Os cortes no orçamento comprometem o ensino e a pesquisa. Muitas universidades não sabem como irão funcionar nesse segundo semestre, sem dinheiro para pagar conta de luz e água. O governo incentiva a propaganda contra a ciência, censura os técnicos que apresentam dados que contrariam seus interesses, como o escandaloso caso da demissão do presidente do INPE.

Além disso, Bolsonaro quer militarizar as escolas públicas, ferir o caráter laico da educação, além de patrocinar uma guerra cultural, perseguindo professores e todos aqueles que pensam diferente da cartilha conservadora.

Recentemente o MEC lançou o projeto Future-se, que tem como objetivo estratégico privatizar a produção e a reprodução do conhecimento nas IFES, capturar as pesquisas para o mercado financeiro, destruir a democracia na comunidade universitária e desobrigar o Estado de garantir o financiamento do ensino superior público. É o fim das universidades e institutos federais tal qual conhecemos hoje.

Mas há vários outros motivos para irmos as ruas dia 13: temos a reforma da Previdência sendo aprovada no Congresso, a venda do patrimônio público a preço de banana para o capital estrangeiro, o ataque às liberdades democráticas, os golpes contra as conquistas trabalhistas, a destruição do meio ambiente e a defesa dos direitos civis e da diversidade.

Todas essas lutas também precisam se expressar, se conectar, disputar a opinião pública e dar seu recado para a sociedade.

Perante todos os ataques do governo, mais do que nunca, é necessário fortalecer a unidade pela base e a Frente única entre as centrais sindicais, os movimentos sociais e a juventude, com base em bandeiras comuns e um calendário de lutas unificado. A pulverização e fragmentação das lutas atrapalha nesse momento.

Por outro lado, é preciso ampliar o máximo possível a unidade democrática com todos os setores da sociedade dispostos a defender as liberdades democráticas ameaçadas por Bolsonaro.

Vamos à luta. No dia 13 de agosto: é preciso formar um novo tsunami nas ruas de todo país.