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BRASIL

15M: O “Ele Não” da Educação

Atos do 15 de maio levam centenas de milhares às ruas de todo o país para defender a educação pública

da redação
reprodução TV

Concentração na Av. Paulista

Resistir a este governo de extrema-direita não é uma tarefa nada fácil. Bolsonaro desfere diariamente uma onda de ataques sem precedentes aos direitos sociais e democráticos do povo brasileiro.
Mas esta quarta-feira foi um daqueles dias que nos mostram que vale a pena lutar. Como dizia o poeta: “Se muito vale o já feito, mais vale o que será”.
As manifestações ocorridas pela manhã já davam ideia da força do 15M em todo o país. Já no meio do dia podíamos dizer que vivíamos a maior manifestação nacional contra Bolsonaro e seus ataques. Segundo dados do G1, existiram manifestações em cerca de 200 cidades e em todas as capitais brasileiras.
Mas, os atos marcados para o final da tarde e início da noite confirmaram todas as melhores expectativas, em especial as manifestações do Rio de Janeiro e em São Paulo.
Fomos dormir felizes com as lindas imagens dos atos. É díficil precisar a quantidade de manifestantes que foram às ruas ontem. Os números serão sempre aproximados.  Foram centenas de milhares nas ruas, repetindo a força do #EleNão, organizado pelas mulheres. O que importa de fato é que o movimento em defesa da educação pública se transformou no principal fato político do país.
O governo ficou acuado. Bolsonaro viajou para os EUA pela segunda vez em menos de cinco meses, e desde Dallas atacou o movimento, chamando os manifestantes de “idiotas úteis”.
O ministro da Educação foi duramente questionado na Câmara de Deputados. E não conseguiu convencer ninguém com seus argumentos frágeis, revelando impressionante despreparo para o cargo.
Foi um dia para ficar na história, realmente. Especialmente para todos e todas que dedicam a vida para defender a educação pública.
O dia de hoje demonstrou para todos nós que os ataques de Bolsonaro e seus aliados não ficarão sem uma resposta.
E, não vai parar por aí. A UNE já anunciou um novo dia nacional de mobilizações da educação para 30 de maio. Bolsonaro não vai ter sossego mesmo. Daqui a duas semanas os estudantes voltarão a tomar as ruas de todo o Brasil.
E as centrais sindicais e frentes de luta confirmaram a greve geral para dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência.
Temos a convicção que a força demonstrada pelos estudantes no dia de hoje poderá contagiar a classe trabalhadora e o conjunto dos explorados e oprimidos, tornando possível realizarmos uma grande greve geral no dia 14 de junho.
Já passou da hora de unirmos as lutas para derrotar Bolsonaro e seus ataques.