Em Goiânia, ato contra a reforma da Previdência também pedirá reestatização da CELG

Em Goiânia, o ato das centrais e frentes de luta contra a reforma da Previdência ocorrerá às 06h, ato perto da Serra Dourada, na altura do KM 153 da BR. Mas o dia 22 de março será de outros protestos. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Goiás (STIUEG) convoca os urbanitários e toda a população para um ato às 08h30, na porta da empresa ENEL, no Jardim Goiás. A manifestação marca o lançamento da campanha pela reestatização da CELG, faz parte do dia nacional de lutas contra a reforma da previdência e também se posicionará contra a MP 868, que ataca o saneamento público.

O sindicato vem fazendo reuniões nos locais de trabalho, nos setores de energia e de saneamento, para discutir a reforma da Previdência e convocar os trabalhadores para o ato desta sexta.

A CELG, distribuidora de energia do estado de Goiás, foi privatizada em 2017 pelo então Governador Marconi Perillo (PSDB) com a justificativa de que o serviço prestado pela companhia era ruim e o Estado não tinha capacidade de investimento para retirar a empresa daquela situação. O grupo italiano ENEL assumiu o comando e dois anos depois os resultados continuam péssimos. Em 2017 a quantidade de horas de interrupção de energia elétrica aumentou e a ENEL é a pior concessionária de energia elétrica do Brasil. A população reagiu e a ENEL tem sido alvo de diversos protestos, como de produtores rurais e moradores das cidades da região metropolitana de Goiânia que ocorreram nesse mês.

A Assembléia Legislativa de Goiás criou a CPI da ENEL para investigar os investimentos feitos pela companhia. Na avaliação da diretoria do STIUEG o momento é de se iniciar o debate na sociedade contra as privatizações e a melhor maneira de se lutar contra elas é pedindo o cancelamento da privatização da CELG através de um processo de reestatização.

Dia Mundial da Água

Outra pauta que estará presente na manifestação do dia 22 é a luta por um saneamento público e de qualidade. O dia 22 de março é o dia mundial da água, mas os trabalhadores do saneamento não têm muito que comemorar. Em 2018 os trabalhadores desse setor demonstraram muita força de luta para barrar a MP 844 que desestruturava todas as conquistas da lei 11.445, como o subsídio cruzado, um mecanismo que faz com que o lucro na exploração comercial do saneamento das grandes cidades seja investido em cidades pequenas que não tem condições de pagar e ainda privatizava o setor. Após a vitória contra a MP 844 o governo reeditou a medida com outro numero, a MP 868 é praticamente idêntica a MP 844 e é necessário que no dia de lutas e paralisações nacionais contra a reforma da previdência também lembremos que a MP 868 deve ser enterrada.