Israel realiza maior escalada bélica contra a Faixa de Gaza desde 2014

Por Gabriel Santos, de Maceió (AL)
MAHMUD HAMS/ AFP

Uma nova ação militar iniciada no domingo passado (11) pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza havia deixado um saldo de 15 palestinos assassinados, dezenas de feridos e destruição de prédios e ruas. A nova escalada de violência começou quando uma “força especial” do Estado sionista entrou no território de Gaza para realizar uma “operação”, e acabou interceptada por uma brigada armada do Hamas. O confronto acabou com 11 militares palestinos mortos e uma vítima do lado israelense. Caças F-16 entraram no conflito bombardeando Gaza para garantir a retirada das forças especiais do território palestino.

O Estado de Israel teve que admitir que realizava uma operação secreta em território palestino. Em resposta a agressão militar israelense foram disparados pelo Hamas cerca de 400 projéteis, entre granadas e foguetes Qasam da Faixa rumo ao território vizinho. O governo de Israel começou, então, com novas represálias contra o povo palestino, naquela que já é considerada a maior escalada bélica do conflito desde 2014. No mínimo 150 locais do território palestinos foram bombardeados por helicópteros Apache e pelos caças F-16.

Esta nova ação militar israelense sobre o território palestino tem o sentido de avançar na ocupação e controle que o Estado Sionista exerce sobre Gaza. O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se encontrava em Paris no início do novo conflito, declarou na capital francesa que: “não há uma solução política para Gaza, assim como não há para quem quer destruir Israel, como o Irã e o Estado Islâmico”.

Guinada à direita e escalada bélica

Tanto as ações quanto as declarações de Netanyahu expressam a guinada cada vez mais à direita do governo israelense marcada pela aprovação da recente lei que define Israel como um “Estado exclusivamente judeu”[1].

As ações militares israelenses tem sido e serão cada vez mais constantes, assim como a represália à manifestações, ações e grupos de resistências palestinos.  O governo israelense busca por meio da força e de bombardeios pôr fim a 70 anos de heroica resistência palestina contra a ocupação militar sionista. Somente este ano mais de 200 palestinos foram assassinados por forças repressoras israelenses, ao mesmo tempo em que Israel avança cada vez mais no roubo de terras palestinas e na construção de novos assentamentos.

Solidariedade à luta do povo palestino

É preciso repudiar os bombardeios israelenses, assim como as ações militares e os novos crimes cometidos pelo Estado de Israel. É preciso a mais ampla solidariedade internacional aos palestinos e intensificação de campanhas como a do BDS.

Todo apoio a luta e resistência do povo palestino! Por uma Palestina Livre, soberana, laica, independente e não racista!

Leia mais:

[1] https://esquerdaonline.com.br/2018/07/24/israel-aprova-lei-que-define-o-pais-como-estado-exclusivamente-judeu-e-aumenta-repressao-sobre-palestinos/