A entrevista de Geraldo Alckmin, candidato tucano à presidente da República, na bancada do Jornal Nacional, trouxe para destaque um tema que até agora não merecia grande importância no debate eleitoral: a convivência dos governos estaduais do PSDB de SP com a maior facção criminosa do país, o PCC.
O PSDB sempre fez o discurso de que seus governos são “campeões” no combate a violência, apoiando-se principalmente na queda dos índices de homicídios no Estado.
Mas, fica frágil e contraditório defender sua política de segurança pública quando confrontado com um fato irrefutável: tem origem em SP a maior organização criminosa brasileira, que se desenvolveu durante os governos do PSDB no Estado e atualmente tem ramificações em todas as regiões do Brasil e até em outros países.
Este fato tem importância para demonstrar também o fracasso da política de segurança pública do PSDB e de Alckmin em São Paulo.
O fracasso retumbante da intervenção militar e federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro demonstra que não há solução para o problema da violência sem encarar três medidas fundamentais:
. Uma ampliação significativa nos investimentos públicos nas áreas sociais, para gerar empregos e atender a demanda por mais e melhores serviços públicos, como educação, saúde, saneamento, transporte e moradia.
. Propor ao Congresso Nacional o fim da Polícia Militar em todo o Brasil, criando uma polícia civil única, com o foco na proteção da vida e controlada socialmente;
. Abrir imediatamente a discussão em toda a sociedade sobre a necessidade da descriminalização das drogas, começando pela maconha. Tratar o problema do usuário da droga como tema de saúde pública e não como caso de polícia.
Sem estas medidas mais estruturais, a manutenção da chamada “guerra ao tráfico” só vai gerar mais violência e mortes, principalmente da juventude pobre e negra das favelas e periferias das grandes cidades brasileiras.
Estas propostas estão contempladas no programa da chapa presidencial de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara (MTST / PSOL / PCB / APIB), lançada pela frente política e social formada por partidos de esquerda e movimentos sociais.
Mais um motivo de votar 50. Vamos, sem medo de mudar o Brasil!
FOTO: Reprodução TV
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