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EDITORIAL

Raquel Trindade: sempre presente!

Paula Nunes, da comissão de negras e negros do MAIS.

Recebemos, com pesar, a notícia do falecimento de Raquel Solano Trindade, aos 81 anos.

Dona Raquel, como era conhecida pelos jovens do movimento negro e de cultura de São Paulo, foi a filha mais velha do poeta Solano Trindade e fez de sua vida uma luta constante pela cultura popular e de resistência do povo negro.

A artista plástica, escritora, folclorista e dançarina fundou o TPB – Teatro Popular Brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro e, depois da morte de seu pai, fundou o Teatro Popular Solano Trindade, em Embu das Artes.

Com isso, Raquel fez da cidade de Embu das Artes não só o local de sua residência, mas também palco de sua luta.

Mesmo sem curso superior, Raquel foi professora convidada da Unicamp e do curso de extensão Identidade Cultural Afro-brasileiro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Além disso, publicou em 2004 o livro Embu: de Aldeia de M’Boy a Terra das Artes e foi uma das fundadoras do movimento de Artes da Praça da República, em São Paulo.

Perdemos uma das nossas, mas seu legado estará sempre em nossa memória. Sua luta incansável pela resistência da cultura afro-brasileira nos ajudou a conhecer a história do povo negro através da arte.

Prestamos a nossa solidariedade à família e aos amigos nesse momento difícil, certos de que só temos motivos para admirar e nos inspirar na história de Dona Raquel.