Pular para o conteúdo
MOVIMENTO

Coletivo Resistência Petroleira é lançado durante Congresso da FNP

Por Natália Russo, diretora do Sindpetro/RJ

Em uma reunião com mais de 40 petroleiros de várias partes do país, na Sexta- feira (18), foi fundado o Coletivo Resistência Petroleira, durante o XI Congresso da Federação Nacional dos Petroleiros – FNP, ocorrido entre 17 e 20 de Agosto.

Um acalourado debate sobre os desafios da luta contra o desmonte e privatização da Petrobras e a luta contra as reformas de Temer envolveu os presentes. Ao final, foram definidos os eixos de atuação do Resistência Petroleira ao longo do Congresso, em base ao manifesto lançado também durante o Congresso.

Uma pauta para mobilizar os petroleiros e a luta pela unidade

Os petroleiros que se organizaram no Coletivo defenderam uma pauta de luta consequente com os desafios do presente. Essa pauta estaria a serviço de mobilizar a categoria petroleira e impulsionar a mais ampla unidade dos 18 Sindipetros, além das centrais e movimentos populares para lutar contra Temer e Pedro Parente(presidente da Petrobrás).

A luta pela unidade também deve estar presente na busca de um  programa e de uma alternativa política que se enfrente com a direita privatista, e que ao mesmo tempo não caia no erro de tentar conciliar o crescimento da Petrobras com os interesses das gigantes do petróleo, como ocorreu nos governos de Lula e Dilma.

Campanha Salarial se aproxima e promete grandes enfrentamentos

A campanha salarial dos petroleiros está prestes a começar e será necessário muita luta para impedir a retirada dos direitos da categoria, o que pode acelerar ainda mais o programa de privatização.

Portanto, a Resistência Petroleira se coloca desde já na linha de frente junto à FNP na busca de uma unidade ampla com a FUP e todos os 18 Sindipetros, para impedir o retrocesso que querem nos impor. Acompanhe a #ResistênciaPetroleira na página (https://www.facebook.com/ResistenciaPetroleira/).

Veja abaixo a Pauta de Luta 2017, defendida também pela Resistência Petroleira, e aprovada na plenária final:

Pauta de LUTAS 2017

Este ano, a FNP apresenta para a negociação dez pontos, que incorporam as principais demandas aprovadas no seu Congresso, tendo como referência a pauta histórica construída pela categoria petroleira;

1 – Contra a venda de ativos e o desmonte do Sistema Petrobras, garantindo a manutenção de todas as atividades atuais da empresa e os investimentos para garantir a integridade, a segurança dos trabalhadores e também a continuidade na produção de energias renováveis.

2 – Garantia dos direitos históricos conquistados: Manutenção do acordo coletivo 2015-2017, com os ajustes de redação nas cláusulas aprovados no Congresso Paulista da FNP, conforme anexo;

3 – Reajuste no Salário Base de 8,4%* estendendo aos Benefícios e Vantagens. (maior índice de inflação, ganho real de 2 %, reposição de 2,97%, referente às perdas dos últimos dez anos, desde que foi implementada a RMNR e 0,37% de perda no aditivo de 2016).

4 – Cancelamento da redução de efetivo baseado no estudo de O&M, estabelecimento de número mínimo em acordo com sindicatos em todos os locais e reposição do efetivo perdido com PIDV e aposentadorias através de concurso púbico;

5 – Garantia de emprego: Supressão da Cláusula 80 (Dispensa sem justa causa) e inclusão de cláusula para formação de comissão em caso de dispensa com justa causa, com participação do sindicato, com direito a ampla defesa do empregado e ao contraditório;

6 – Fim da política de consequências, dos padrões punitivos, assédio moral e toda forma de violência psicológica aos trabalhadores. Contra a subnotificação de acidentes e a garantia da participação da CIPA nas investigações de acidentes somente com cipeiro eleito;

7 – Garantir em forma de cláusulas que as perdas da reforma trabalhista sejam impedidas no Sistema Petrobras, tais como a Garantia da representatividade dos sindicatos. Garantir em forma de cláusula a primeirização das atividades fins e também as essenciais à segurança e a vida dos trabalhadores e a integridade dos equipamentos;

8 – Equiparar as cláusulas do ACT das subsidiárias e empresas do Sistema Petrobras às cláusulas de melhor vantagem aos trabalhadores, inclusive a implantação da AMS, Benefício Farmácia e adicionais aos trabalhadores das Termoelétricas Tambaqui e Jaraqui;

9 – Extensão do Auxílio-acompanhante para os pais, estender o abono para acompanhamento de dependentes até 10 dias por ano com apresentação de atestado, e garantia do impedimento de grávidas e lactantes, próprias ou terceirizadas, de trabalhar em ambiente insalubre;

10 – Em defesa dos direitos dos aposentados, da AMS, Benefício Farmácia e Petros. Garantir o pagamento da dívida da PETROS, repasse dos níveis salariais, fim da tabela congelada e todas as discriminações.

Confira o Manifesto defendido pela Resistência Petroleira:

Manifesto pg 1Manifesto pg 2 manifesto pg. 3 Manifesto pg 4

Vídeos:


(Pedro da Oposição Petroleira de São Paulo)


(Landal e Edson, da Oposição do Sindipetro-RS falam sobre o XI Congresso da FNP.)


(Luciano, o Zé Maravilha diretor do Sindipetro AL/SE, fala sobre o Congresso da FNP.)


(Natália Russo, da direção do Sindpetro/RJ)