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MOVIMENTO

Reunião em Brasília lança Frente pelas ‘Diretas, Já’

Da Redação

No mesmo dia em que as centrais sindicais se reuniram e marcaram a data da nova greve geral, uma outra reunião importante aconteceu em Brasília. Se formou um comitê amplo com 55 organizações, que vão desde centrais sindicais, até entidades religiosas defendendo eleições diretas, já.

A importância da pauta das diretas hoje é fundamental para se contrapor à saída que já está sendo articulada por setores burgueses que já não apostam mais em Temer, mas querem assegurar eleições indiretas, via colégio eleitoral, ou qualquer saída pelo judiciário, que garanta um outro governo da confiança do mercado e que seja capaz de emplacar as reformas.

A bandeira de novas eleições diretas, que em nossa opinião deveriam ser para a Presidência e para o Congresso, está a serviço de parar a votação das reformas e submetê-las ao plebiscito das ruas e das urnas.

Foi neste sentido que a reunião em Brasília afirmou não só a necessidade de novas eleições diretas, mas também de barrar a retirada da aposentadoria e dos direitos trabalhistas.

O espectro da reunião foi amplo, portanto, é um espaço de unidade de ação em torno a três pontos: “Diretas, Já, Fora Temer e as Reformas”. Dentro deste marco é que se construiu a unidade. As várias organizações presentes têm opiniões distintas e até mesmo antagônicas sobre qual seria o programa necessário para o país, e as disputas em torno ao programa e aos representantes dos distintos projetos deverão permanecer e se aprofundar. Mas, é preciso saber fazer unidade e também fazer o enfrentamento necessário.

Neste momento, a unidade para barrar a saída reacionária dos representantes do mercado que apostam nas eleições indiretas para permitir a aprovação das reformas é a necessidade mais imediata da classe trabalhadora. Junto a isso, o método da luta direta com a construção de uma nova greve geral superior ao dia 28 de abril, combinados com atos massivos pelas ‘Diretas Já’, irá encurralar Temer e aqueles que planejam uma saída em que o povo trabalhador fique ausente do processo de decisão.

Assista às entrevistas com Marcelo Freixo (PSOL) e Guilherme Boulos (MTST), direto da reunião, para o Esquerda Online

 


Veja a íntegra da nota da Frente

“Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a legitimidade para seguir na presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas, as políticas publicas além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

Assinam:

Frente Brasil Popular – FBP

Frente Povo Sem Medo – FPSM

Centra Única dos Trabalhadores – CUT

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

Associação das Mulheres Brasileira – AMB

Associação Nacional de Pós Graduandos – ANPG

Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA

Brigadas Populares

Central dos Movimentos Populares – CMP

Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

Central Pública

Centro de Atendimento Multiprofissional – CAMP

Coletivo Quem Luta Educa/MG

Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB – CBJP

Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE

Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG

Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB

Conselho Federal de Economia – CONFECON

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC

FASE Nacional

Fora do Eixo / Mídia Ninja

Fórum de Lutas 29 de abril/PR

Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

Frente de Juristas pela Democracia

Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

Central Intersindical – INTERSINDICAL

Juntos

Koinonia

Levante Popular da Juventude

Marcha Mundial das Mulheres – MMM

Movimento Camponês Popular – MCP

Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST

Movimento Humanos Direitos – MHUD

Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia – MNCCD

Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM

Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS

Partido Comunista do Brasil – PC do B

Partido dos Trabalhadores – PT

Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

Partido Socialista Brasileiro – PSB

Pastoral Popular Luterana

Rede Ecumênica da Juventude – REJU

Rua Juventude Anticapitalista – RUA

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

União Brasileira de Mulheres – UBM

União da Juventude Socialista – UJS

União Geral dos Trabalhadores – UGT

União Nacional dos Estudantes – UNE”

Foto: Diretas, Já