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EDITORIAL

13/12: ocupar as ruas contra o ajuste e por eleições gerais já!

Brasília- DF 24-10-2016 Manifestação de estudantes contra a PEC 241 na esplanada dos minitérios. Foto Lula Marques/Agência PT

EDITORIAL 12 DE DEZEMBRO | Amanhã ocorrerá no Senado Federal o 2º turno da votação da PEC 55 que congela o país por 20 anos. E hoje, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara realiza, às 14h, a votação do parecer do relator, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), pela admissibilidade da PEC 287 (Reforma da Previdência) o que a torna liberada para ser apreciada em plenário.

O governo Temer e o Congresso Nacional aceleram cada vez mais as votações dos seus projetos de retirada de direitos. Querem sinalizar aos ricos e poderosos que nenhuma crise política os impedirá de aplicar o ajuste e jogar para as costas da juventude e de todo o povo trabalhador as contas da crise criada por eles mesmos.

Mas se engana quem acha que a crise é pequena. Pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que 51% dos brasileiros consideram a gestão do presidente ruim ou péssima, 65% consideram o presidente falso, metade dos brasileiros veem Temer como autoritário e 58%, desonesto. Além disso, 75% já percebeu que ele é defensor dos mais ricos.

13/12: dia nacional de lutas!

Diante disso, o Movimento Estudantil que ocupou Brasília no dia 29, junto com os trabalhadores da educação em greve do ANDES, FASUBRA, SINASEFE; trabalhadores da educação básica, demais categorias em mobilização, MTST, a Frente Povo Sem Medo e diversos outros movimentos se preparam para realizar importantes manifestações de resistência nesta terça-feira, dia 13.

A tarefa é ocupar as ruas contra os ataques aos direitos e exigir Fora Temer e novas eleições já! O povo tem o direito de decidir sobre as medidas econômicas para a crise e se Temer continua na presidência ou não e quem entra em seu lugar, além de ter o direito de trocar esse Congresso de corruptos e reacionários.

Alguns milhares de ativistas, desde manhã cedo, trancarão rodovias, universidade e escolas; ocuparão as ruas com manifestações e aulas públicas. Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Belém… ocorrerão manifestações nas principais capitais do país e em todas as regiões.

Resistir além de ocupar

O levante estudantil inspirou a resistência aos ataques do governo Temer e do Congresso Nacional. As várias desocupações dos locais de estudo em curso não podem ser encaradas como um fim do processo, mas o início de uma nova tática de luta. O movimento se prepara para ocupar as ruas e a maioria na sociedade.

Para barrar a PEC 55, a Reforma da Previdência, a Reforma do Ensino Médio, as privatizações e o próprio governo Temer e quem o sustenta é preciso uma aliança de todo o povo trabalhador. O levante estudantil desse ano, junto com a greve da educação federal, apesar de muito importantes, sozinhos não são o bastante. É preciso uma ampla unidade entre todos os setores da juventude e do conjunto dos trabalhadores. Uma grande Frente Única para lutar que unifique os movimentos sociais e populares da cidade, do campo e da luta contra as opressões; as entidades sindicais e centrais; entidades locais e nacionais, partidos políticos de esquerda, ativistas, intelectuais, artistas e etc. As manifestações do dia 13 e a ação daqueles/as que vieram ocupando e fazendo greve devem estar à serviço de irradiar essa necessidade para o conjunto do povo trabalhador e dizer não aos ataques, ao Temer e ao Congresso. Só a mobilização unificada da classe trabalhadora é capaz de barrar o curso de retrocesso no país.

Foto: Lula Marques/ AGPT

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PEC 55 / Protestos