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EDITORIAL

Ocupar Brasília 24M

Milhares de caravanas se organizam em todo país para Ocupar Brasília. Muitos já estão neste momento nos ônibus. Outros se preparam para a viagem no dia de hoje. Amanhã o capital do país vai ser ocupada pelos trabalhadores e pelo povo.

A marcha já estava acertada como parte do calendário unificado de luta contra as reformas. Mas ganhou outra proporção depois do escândalo de corrupção que levou o Governo Temer à beira do colapso.

Estamos certos que a saída para o Brasil não virá do judiciário ou dos procuradores da Lava Jato. Obviamente também não virá nada de progressivo do Congresso Nacional. O poder judiciário, o poder executivo e o poder legislativo estão em conflito, mas todos estão contra os interesses dos trabalhadores e do povo pobre. Defendem as reformas, amanhã ou depois estarão juntos legitimando o ataque aos nossos direitos.

Fora Temer e suas Reformas
Temer ainda resiste. Precisa cair. E faz toda a diferença a participação decisiva dos trabalhadores e do povo neste processo.

Nossa luta é para derrubar Temer e suas reformas. Muita gente está em dúvida, pensando que agora as reformas estão paradas, acreditam que ganhamos um folêgo.

Não nos enganemos, faz muita diferença se Temer cair em meio a protestos, greves e mobilizações da classe trabalhadora.

Se o povo participa, estamos mais fortes pra lutar contra as reformas, que irão reaparecer mais cedo ou mais tarde.
Eleições Diretas pra Presidente e pro Congresso
Eles querem eleições indiretas, mudaram a Constituição para atacar nossos direitos, agora argumentam que o “rito constitucional” prevê eleições indiretas no caso da saída de Temer.

Quanta hipocrisia! Para mudar os investimentos em saúde e educação por 20 anos, não tiveram nenhum apego às normas constitucionais.

Não aceitaremos uma saída por cima para a crise política.

Por uma nova greve geral
Tudo isso só será possível com uma nova greve geral. A greve é o nosso instrumento de luta, é a nossa maior força. No dia 28 a classe trabalhadora parou as grandes capitais e as cidades médias, podemos repetir e ampliar este processo.

As centrais sindicais majoritárias precisam de uma postura firme. Não podemos esperar nem mais um dia. É urgente marcar a data da nova greve geral.
Por uma Frente de Esquerda Socialista
Não é possível conciliar interesses de traba­lhadores e empresários. Para tirar o País da crise é preciso muito mais do que reeditar o governo Lula. Será preciso enfrentar os interesses do capital financeiro e da burguesia, anulando as reformas e suspendendo a dívida pública, entre ou­tras medidas.

Só uma alternativa anticapitalista e totalmente independente poderá fazer isso.
Nossa tarefa é construir essa alternativa política nas lutas. A unidade entre o PSOL, o PCB, o PSTU, o MTST e outros movimentos sociais pode representar a construção de um projeto novo com coragem e independência para enfrentar o poder econômico.