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MOVIMENTO

O que esperar dos soldados da PM no próximo ato contra o aumento da tarifa em Curitiba?

Por: Evandro Castagna, de Curitiba, PR

Nesta quarta-feira (08), aconteceu uma importante manifestação nacional dos profissionais de segurança pública, em frente ao Congresso Nacional e no Palácio do Governo, em Curitiba, contra a Reforma da Previdência de Temer (PMDB), que atingirá também os militares.

No estado do Espírito Santo, os praças constroem uma greve heroica contra as péssimas condições de trabalho e salário. Seus familiares – mãe, esposas, filhas e filhos – vão às ruas e impedem a abertura dos quartéis diante da ausência total de liberdades democráticas na instituição. É isso mesmo. A ditadura nunca acabou nos quartéis, e se depender da família Bolsonaro, se estenderá por todo o país.

É muito importante que os trabalhadores e movimentos sociais prestem solidariedade aos profissionais da segurança pública e incorporem em suas pautas a luta pela desmilitarização da polícia, que significa a conquista de todos os direitos civis aos praças.

No entanto, é preciso dialogar com os soldados. A violência contra manifestantes precisa acabar.

Responsabilizamos principalmente Richa, Greca e o comandante pelos excessos da PM no ato de segunda-feira (06), em Curitiba. Entretanto, esperamos que os soldados não atuem com violência contra nós, pois lutamos contra os mesmos ataques que os praças estão sofrendo, seja em Brasília, seja no Espírito Santo. Assim como a PEC 55 e as reformas da Previdência e Trabalhista, o aumento vergonhoso da tarifa atingirá todos nós e nossas famílias.

A unidade entre camponeses pobres, trabalhadores, pequenos comerciantes das cidades e os praças, numa Frente Única de combate, é fundamental para derrotar Richa, Greca, Temer e seus comparsas. Nossos inimigos são os mesmos.