Por: Izabella Lourença, de Belo Horizonte, MG
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), publicou no último dia 28 no Diário Oficial do Executivo o corte de um bilhão de reais no orçamento do Estado para 2017. A justificativa é o terceiro ano consecutivo de déficit, que este ano deve chegar a 8 bilhões, com Minas tendo uma receita de 87,2 bi e uma despesa de 95,3 bi.
Com essa medida, ele faz uma escolha de cortar 148 milhões da educação, 91 milhões do transporte, 108 milhões dos órgãos ambientalistas e outras áreas para continuar pagando a dívida estadual com bancos e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o portal da transparência de Minas, apenas com os juros bancários do Banco do Brasil, CreditSuisse AG, BNDES, Bird e Agence Francaise de Developpment, entre outros, o governo aplica o valor de R$ 1,4 bilhão de seu orçamento. Fernando Pimentel (PT) prefere cortar o investimento das áreas sociais e dos serviços públicos para pagar os Juros que fazem os donos dos bancos bater recorde de lucro em meio à crise econômica do país.
A perspectiva para os professores e servidores públicos já não foram boas no ano passado, quando os salários foram parcelados, pagos com atraso e o décimo terceiro também foi dividido. Esse ano a perspectiva é ainda pior. O governador prefere continuar cumprindo suas responsabilidades com os banqueiros, que lucram milhões por mês, do que pagar os servidores, que vivem de seus salários.
O Partido dos Trabalhadores disse que era contra PEC 55, que congelou os investimentos federais nas áreas sociais para garantir o lucro dos banqueiros por meio do pagamento da dívida pública. Mas corta investimentos em Minas Gerais. Parece que não passa de palavras ao vento a luta do PT contra o ajuste fiscal, pois quando estão nos governos fazem o mesmo que o golpista de Michel Temer.
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