As prisões realizadas hoje revelam não apenas a gravidade da ação golpista que esteve em curso durante o ano de 2022 para impedir a posse do presidente Lula. Revelam também o envolvimento direto de ministros de alto escalão de Bolsonaro, incluindo seu parceiro de chapa na eleição presidencial daquele ano, Braga Netto.
Além disso, mostram que os militares envolvidos na trama mantinham uma perigosa proximidade de autoridades do atual governo, como mostra a presença de vários deles nas ações de segurança institucional preparadas para a reunião de cúpula do G20 na última semana. Ou seja, os mesmos militares que cogitaram sequestrar, envenenar e assassinar autoridades seguiam exercendo suas atividades próximos a essas mesmas autoridades.
As revelações que vieram à tona só comprovam o que o PSOL tem dito há meses: a bomba instalada num caminhão tanque no aeroporto de Brasília, os distúrbios provocados na capital federal no dia da diplomação de Lula e Alckmin, a fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos e a tentativa de golpe do 8/1 fazem parte de investidas previamente concebidas para viabilizar um golpe de Estado.
O recente atentado realizado na Praça dos Três Poderes mostra que a ameaça de violência contra autoridades não está afastada. Por isso é urgente colocar fora de circulação todos os envolvidos nos atos denunciados hoje. O instrumento da prisão preventiva tem justamente esse propósito: evitar que suspeitos sigam cometendo crimes ou destruindo provas. Por isso, consideramos importante a prisão de Braga Neto e Bolsonaro.
É urgente uma reação enérgica, não é possível ter nenhuma leniência contra os inimigos da democracia!
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