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MUNDO

Moção de solidariedade ao povo palestino

36° Congresso do SINASEFE
Rovena Rosa/Agência Brasil

Neste dia 7 a invasão israelense em Gaza completa 11 meses. Mais de 40 mil palestinos mortos, mais de 80 mil feridos, com a terrível marca de que a metade é constituída de crianças.

O alegado motivo desse massacre foi o ataque perpetrado pelas organizações palestinas lideradas pelo Hamas no dia 7 de outubro. Mas, como disse de forma acertada o secretário geral do ONU, Antonio Guterres, horas depois desta ação, há um contexto que não pode ser esquecido:
Gaza é um território ocupado há 57 anos pelas forças israelenses. A Faixa de Gaza foi formada em 1948, quando as forças do novo estado de Israel ocuparam 78% do território da Palestina histórica, então ocupada pela Grã-Bretanha, e expulsaram 750 mil palestinos, que se tornaram refugiados, parte deles em Gaza, e que nunca mais puderam voltar para suas terras e propriedades, ocupadas pelos novos migrantes judeus.

O ataque do Hamas, em conjunto com outras forças palestinas, foi uma ação de resistência, depois de terem tentado formas pacíficas, como a Grande Marcha pelo Retorno em 2018-2019, que simplesmente queria se aproximar da cerca que impede os habitantes de se locomoverem livremente. O resultado foi de centenas de mortos, alvejados por atiradores de elite de Israel.

No entanto, o Hamas errou ao atacar os civis israelenses e em leva-los como reféns.

Depois disso, a fúria do poderoso exército israelense se abateu sobre os habitantes de Gaza. Uma das aviações mais poderosas do mundo, destruíram todas as condições de vida civilizada de Gaza. Escolas, hospitais, refúgios da ONU, prédios. Uma destruição sem precedentes.
Os palestinos seguem resistindo apesar de todo esse genocídio. Não escolhemos o termo de forma ligeira: é o que dizem especialistas em genocídio, o que dizem os dois órgãos jurídicos da ONU, a Corte Internacional de Justiça que abriu uma causa nesse sentido, provocada pela África do Sul e foi a também a posição do Tribunal Penal Internacional. O 36º ConSinasefe apoia todas as manifestações de solidariedade ao povo palestino, como nos EUA, na Europa e em outros países.

As medidas para isolar o estado de Israel são fundamentais: vários países romperam relações diplomáticas e econômicas com o estado sionista. O governo brasileiro adotou posições importantes ao pedir um cessar fogo e chamar para consultas nosso embaixador, mas falta um passo decisivo, ainda mais pelo peso que tem o país em termos de liderança internacional: Lula deve romper relações com Israel, incluindo o fim dos acordos comerciais e militares que ainda mantemos. Este Congresso deve se manifestar nesse sentido.

Por último, há uma ofensiva no país por parte das organizações sionistas para criminalizar os que defendem os palestinos: um dos exemplos é o jornalista Breno Altman, condenado em primeira instância por se defender dos ataques que sofreu por defender a causa palestina. Toda a nossa solidariedade a ele e aos demais atacados.

Pelo fim do genocídio ao povo palestino!
Cessar fogo já!