Em ato unificado, na manhã desta quarta-feira (8), diversas mulheres se reuniram para uma agenda de manifestações pelas ruas de Aracaju. Representações e movimentos sociais, parlamentares e mulheres da sociedade civil se encontraram na Praça General Valadão e seguiram em marcha passando pelo calçadão da João Pessoa, com paradas na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) e Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), para entregar o Manifesto às vereadoras e vereadores de Aracaju e deputadas e deputados do estado, e na Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).
O ato deste 8 de março de 2023 teve como eixo temático a vida de todas as mulheres, nenhum Direito a Menos e sem anistia para golpista. Pautas como a valorização salarial para trabalhadoras essenciais, como profissionais de saúde, educação e limpeza urbana, fim da violência contra a mulher, construção de abrigos para mulheres com filhos vítimas de violência, universalização do acesso a creches e escolas, além de pautas nacionais como o aumento real do salário mínimo e revogação de reformas trabalhistas, da previdência e do ensino médio também estiveram presentes.
“Esse é um marco histórico para nós mulheres, estamos nas ruas por democracia, pela vida das mulheres, pela garantia de todos os direitos e por vida digna. Esse 8 de março é extremamente simbólico pois marca, também, a importância das mulheres no processo eleitoral e o nosso compromisso na reconstrução do nosso país”, ressaltou a vereadora professora Sonia Meire do PSOL.
As mulheres são maioria da população brasileira, responsáveis pela produção da riqueza do país, pela democracia, pela vida e pela garantia dos direitos. No entanto, são as mais oprimidas pelas violências doméstica e estatal.
“A cada 4 horas, uma mulher é vítima de violência, além de sofrer com o desemprego, a fome, ausência de moradia, educação e saúde públicas. O 8M, Dia Internacional de Luta da Mulher, é uma data que carrega a força da organização do movimento feminista que a cada ano se constrói trazendo uma diversidade de etnias, gênero e raça”, explicou a vereadora.
Segundo a vereadora, as mulheres travam lutas diariamente, que passam pelas formas de opressão do estado, da exploração capitalista, do patriarcado e do fascismo.
“As mulheres querem viver, com direitos, emprego e sem violência, e nós temos papel fundamental para que isso aconteça, para fazer com que a voz delas, as nossas vozes possam ecoar. Por essa razão, como vereadora, apresentamos 10 projetos na Câmara Municipal em defesa da vida das Mulheres. Acreditamos que a liberdade, a democracia e soberania somente se concretizará se derrotarmos o machismo e o patriarcado”, finalizou.
Após a caminhada com panfletagem e diálogo com a população, aconteceram apresentações culturais de grupos folclóricos e de mulheres artistas de Sergipe.
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