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MOVIMENTO

PSOL lança candidatura à presidência da Alesp para enfrentar candidato do partido de Bolsonaro

Carlos Giannazi (PSOL) enfrentará André Prado (PL), candidato do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas.

da redação
Bancada do PSOL que irá ocupar a Alesp a partir de março
Reprodução/Redes sociais

Bancada do PSOL que irá ocupar a Alesp a partir de março

Por unanimidade, o PSOL lançou a candidatura do deputado estadual Carlos Giannazi para disputar a eleição pela Presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo que ocorrerá no dia 15 de março. O deputado do PSOL, que vai para o seu quinto mandato, irá enfrentar André Prado (PL), candidato do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicano) e correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Do Prado deve enfrentar apenas a oposição do PSOL, já que tem apoio de quase todos os partidos da Casa, inclusive, até o momento, também do PT. O Partido dos Trabalhadores tem articulado para para ocupar a 1ª secretaria, cargo que vem logo abaixo da Presidência, e ampliar a sua presença nas comissões da Casa.

O deputado do PL esteve envolvidos em escândalos do clã Bolsonaro quando o SBT revelou, em 2016, que Do Prado empregava como funcionário fantasma Renato Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro.

Em nota, lançada semana antes da divulgação da candidatura de Carlos Giannazi, o PSOL São Paulo anunciou que não votaria em nenhuma candidatura ligada ao governo Tarcísio e ao bolsonarismo para a presidência da Alesp. “Para nós, o combate à extrema-direita segue sendo prioridade, no Brasil e em São Paulo. Não assinaremos embaixo de uma candidatura que vai facilitar a privatização da SABESP, defender a anistia aos golpistas e manter a Alesp subordinada ao governo estadual. A oposição não pode votar no partido de Bolsonaro”, afirma declaração divulgada pela nova bancada do PSOL na Alesp no dia 14 de fevereiro.

Nessa quinta-feira (23), o partido anunciou a candidatura do professor Giannazi e sua plataforma para presidir a Alesp. Entre as pautas, a revogação das medidas aprovadas na gestões tucanas anteriores, como as reformas administrativa e da previdência, as privatizações dos parques, florestas, cavernas e espaços públicos e a farsa da nova carreira do magistério.

“O compromisso de Giannazi com a defesa da educação e dos serviços públicos é notório. Por isso, não há nome melhor para presidir a ALESP. A esquerda não pode votar em um candidato do PL”, defende Guilherme Cortez, deputado eleito em 2022 que fará parte da bancada do PSOL na ALESP a partir de março. “Seguimos abertos para construir uma candidatura coletivamente com as forças democráticas. É possível enfrentar o candidato do Tarcísio!”, conclui em publicação nas suas redes sociais.

Paula Nunes, coDeputada pela bancada feminista do PSOL, eleitas com a maior votação para deputada estadual do Brasil, destaca a importância de uma candidatura unificada das forças democráticas que elegeram Lula e estão dispostos a combater o Bolsonarismo. “Pra nós, não há sentido em apoiar uma candidatura do partido de Bolsonaro, o PL. Infelizmente os demais partidos da oposição optaram por um acordo com a candidatura governista”. De acordo com a coDeputada, o PSOL seguirá coerente com sua estratégia : “Seguimos lutando por uma oposição forte e unificada na Alesp entre todos aqueles que estarão do lado dos trabalhadores e da democracia”.

A candidatura do PSOL ainda defende a abertura efetiva da Alesp para a população paulista, fazendo com que seja de fato a Casa do Povo, com participação democrática e acessível a todas as tomadas de decisão.

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