Na noite deste domingo, 07, a rede Bandeirantes promove os primeiros debates com candidaturas aos governos estaduais, após as convenções partidárias. Com o início da campanha oficial marcado para o dia 16, os debates deste domingo funcionarão como largada para os eleitores conhecerem os candidatos e propostas. “A TV ainda é o principal veículo de massa, com um alcance imenso. Acho que, a partir deste domingo, o debate sobre as eleições vai ser colocado em outro patamar”, afirma Lorene Figueiredo, candidata do PSOL ao governo de Minas Gerais.
Os debates terão início às 21h, no Distrito Federal e em nove estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Amazonas, Rio Grande do Norte e Paraíba, com transmissão também pelas rádios e redes sociais do grupo Band.
A previsão é que o debate dure entre 1h40 e 2 horas, e o formato padrão prevê três blocos de perguntas e respostas e um último bloco com comentários finais. No primeiro, jornalistas perguntam a candidatos(as). No segundo bloco, há candidatos(as) comentam a resposta de outros sobre temas pré-determinados e, no terceiro, candidatos(as) perguntarão entre si, após sorteio. Neste bloco, cada um(a) poderá guardar parte do seu tempo de resposta, de quatro minutos, para usar como uma tréplica.
O PSOL participa de sete debates com candidaturas próprias: no Amazonas, com Marcelo Amil; na Bahia, com Kleber Rosa; no Distrito Federal, com Keka Bagno; em Minas Gerais, com Lorene Figueiredo; no Paraná, com Angela Machado; na Paraíba, com Adjany Simplício; e no Rio Grande do Norte, com Daniel Morais.
No Rio de Janeiro, o PSOL apoia Marcelo Freixo (PSB) e em São Paulo e no Rio Grande do Sul integra coligações com o PT, apoiando Fernando Haddad e Edegar Pretto, respectivamente.
Minas Gerais
Em Minas, a candidata do PSOL, Lorene Figueiredo, será a única mulher a participar do debate desta noite. Ela debaterá com o atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que lidera as pesquisas, com Alexandre Kalil (PSD), Carlos Viana (PL) e Marcus Pestana (PSDB). “A nossa expectativa para o debate é a melhor possível. Não temos dúvida de que temos um papel importante a cumprir, na medida em que seremos a única candidatura feminina e a única que expressa o campo democrático e popular da esquerda socialista. Os outros candidatos vão falar em austeridade fiscal e em ajuste e a gente sabe que isso tudo é mais do mesmo, é a manutenção da barbárie e do desmonte de direitos. Nós vamos ser talvez a única candidatura que vai poder apresentar uma alternativa para a classe trabalhadora”, afirma Lorene, que é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Em suas redes sociais, ela anunciou que esteve neste sábado com a vereadora Iza Lourença, de Belo Horizonte, e juntas prepararam uma homenagem a Marielle Franco, a ser feita no debate desta noite.
Apesar da legislação eleitoral desobrigar as emissoras de convidar candidaturas de partidos com representação parlamentar inferior a cinco cadeiras no Congresso Nacional, a Band contará com a participação de candidaturas de partidos nesta situação em pelo menos dois estados, garantindo a igualdade de condições. Candidaturas do PCB, PSTU e PCO participarão do debate no Paraná e o PSTU também foi convidado ao debate da Paraíba, com Antônio Nascimento.
Na sequência, os debates entre presidenciáveis
O primeiro debate presidencial está marcado para 28 de agosto, na Band. A emissora terá como parceiros a TV Cultura, o jornal Folha de S. Paulo e o UOL. Para este debate, estão previstas as participações de Jair Bolsonaro e de Lula, que lideram as pesquisas.
A TV Globo confirmou a série de entrevistas com presidenciáveis no Jornal Nacional, com o presidente Jair Bolsonaro tendo sido sorteado para o dia de estreia, em 22 de agosto. Até o momento, ele não confirmou a gravação – chegou a exigir que fosse feita no Palácio do Alvorada – e desconversa sobre a presença nos debates.
Em 2018, Bolsonaro chegou a ir a debates, na Rede TV e na Band, mas, em 22 de agosto, anunciou que não iria mais participar de debates. Em 6 de setembro, o candidato sofreu um atentado em Juiz de Fora (MG), e, por conta das condições de saúde, esteve ausente dos últimos debates e da agenda de campanha na reta final. Desta forma, os eleitores não puderam assistir ao confronto de ideias entre ele e seus adversários.
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