O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor Sérgio Reis são alvos, nesta sexta-feira (20), de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informação do G1. A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os alvos são:
- Sérgio Bavini (Sérgio Reis, no nome artístico);
- Otoni Moura de Paulo Júnior, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ);
- Alexandre Urbano Raitz Petersen;
- Antônio Galvan;
- Bruno Henrique Semczeszm;
- Eduardo Oliveira Araújo;
- Juliano da Silva Martins;
- Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé́ Trovão;
- Turíbio Torres;
- Wellington Macedo de Souza
“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, afirmou a PF, em nota.
Áudio vazado
A tensão entre o cantor e as instituições começou com o vazamento de um áudio em que Sérgio Reis defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF, subprocuradores-gerais pediram à Procuradoria da República, no Distrito Federal, a abertura de investigação a respeito do caso.
Ataque a ministros
Já Otoni foi denunciado pela PGR ao STF em julho de 2020 pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas a Alexandre de Moraes. A Justiça de São Paulo determinou no mês seguinte a exclusão das postagens.
Em vídeo, Otoni chama Moraes de “lixo”, “tirano” e “canalha”, entre outras ofensas. Na ocasião, o deputado era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro. Ele já deixou o cargo.
Um quilômetro da Praça dos Três Poderes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os alvos de uma operação deflagrada nesta sexta-feira (20) para investigar ameaças à democracia não se aproximem menos de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A decisão só não vale para o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). Otoni é alvo da operação desta sexta, mas Moraes entendeu que, por ele ser parlamentar, tem a prerrogativa de frequentar o Congresso.
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