Da Redação
No dia 25 de novembro, somando-se a diversas paralisações e protestos, nasceu mais uma ocupação de terra na cidade de São Paulo. A ação, organizada pelo Luta Popular e encampada por cerca de 250 famílias, aconteceu no extremo sul, na região de Parelheiros.
A ocupação foi batizada como “Retomada Cacique Verón”, em homenagem à liderança indígena do Mato Grosso do Sul, Marcos Veron, que foi assassinado em 2003. A expressão “retomada” também se referencia nos Guarani Kaiowa, que assim chamam suas ações na luta pela terra para deixar claro que estão tomando aquilo que é seu de volta.
O número de ocupações vem crescendo em São Paulo e no Brasil, como resposta à deficitária política habitacional dos governos Federal, Estadual e Municipal, que preservam o interesse dos especuladores imobiliários em detrimento dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores.
Ao mesmo tempo, o ajuste fiscal, o alto custo de vida e a degradação das condições de trabalho acentuados pela crise vêm tornando cada vez mais insuportável a vida nas grandes cidades, empurrando famílias a buscarem uma saída para sua sobrevivência.
Neste cenário, para além de um meio de conquistar a casa própria, a retomada serve ao fortalecimento da organização popular contra a exploração e opressão que sofrem todos os dias. “A luta do movimento não é só por moradia, é para que o povo possa organizar sua insatisfação e mudar radicalmente essa sociedade que só funciona pra beneficiar um punhadinho de ricos e poderosos, enquanto a maioria se lasca e enfrenta imensas dificuldades para poder viver em condições mínimas”, afirma a nota do Luta Popular.
Toda solidariedade e apoio à Retomada Cacique Verón. No momento, as famílias precisam de doação de alimentos, água e materiais de higiene pessoal. Para saber mais e ajudar a Retomada Cacique Verón, acesse a página do movimento, na Rede Social Facebook.
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