O Tribunal de Contas do Estado (TCE) negou o pedido do sindicato dos Metroviários, para impedir a venda dos terrenos onde funcionam a sede da entidade e a área de lazer, em regime de comodato. Com a decisão, a venda está mantida e os envelopes com as propostas comerciais serão entregues a partir das 10h, na Rua Boa Vista, 175, no Centro de São Paulo, vencendo a de maior valor.
A categoria, que na semana passada fez um forte dia de greve, fará duas atividades nesta sexta, 28: um ato público, às 10h, com a presença de centrais, parlamentares e lideranças como Guilherme Boulos, em frente ao local do leilão; e, às 14h, um abraço à sede do sindicato, (Rua Serra do Japi, 31, Tatuapé) como forma de dar visibilidade ao ataque que a direção do metrô e o governo Dória fazem à categoria. Nestes horários, também ocorrerão tuitaços, com as hashtags #eurespeitoosmetroviarios #euapoioosmetroviarios.
Pelo twitter, a coordenadora-geral do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, avisou: “Não vai ser fácil para eles não. Vai ter resistência!”
A CASA DOS METROVIÁRIOS
A sede do Sindicato dos Metroviários de SP foi inaugurada em 8 de dezembro de 1990 e foi construída e mantida com recursos da própria categoria. O local tem quadra poliesportiva, estúdio musical, salas e área de lazer. Nestes espaços recebeu, ao longo dos anos, inúmeras atividades como atos, assembleias, congressos, eventos esportivos, festas etc. Muitos artistas, parlamentares, intelectuais, movimentos e organizações passaram e foram recebidos na sede histórica dos trabalhadores. A decisão do governo foi condenada por parlamentares, centrais sindicais e entidades sindicais, mas ignorada pelo governador Doria, que tenta levar adiante uma ação cruel, interrompendo o contrato comodato dos terrenos com a entidade sindical vigente há mais de 30 anos.
*Com informações do SIndicato dos Metroviários de SP.
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