Por Altemir Cozer, de Porto Alegre, RS
Nas últimas semanas, as vésperas de abrir prazo para a nova eleição, a direção do sindicato dos educadores da rede pública do RS – CPERS/Sindicato – deu publicidade da decisão da diretoria em punir 9 diretores da última gestão do sindicato. A pena é de vários anos de afastamento do quadro social da entidade e pagamento de 200 mil a 3 milhões de reais para cada um dos nove.
A decisão estaria fundamentada em conclusões de uma comissão de investigação e uma auditoria completamente vinculada e atrelada a atual direção. Não há nenhuma prova, indício de que algum dos 9 antigos diretores usou dinheiro para proveito próprio ou que teria desviado verbas da entidade para algum fim estranho aos interesses da categoria e/ou da classe trabalhadora.
Estão punindo os nove pois discordam que se gastou dinheiro com atos, passeatas, greves, campanhas publicitárias contra o governo da Yeda (PSDB) e depois o governo de Tarso(PT). Questionam as contribuições do sindicato com entidades parceiras da luta daquele tempo. E por fim questionam contratos de assessorias e serviços que já vinham de gestões que a Articulação Sindical( PT) dirigia o sindicato.
Ficamos indignados que a diretoria de um sindicato tão importante e com a história do CPERS esteja fazendo isso. Trata-se de uma campanha de calúnias contra lutadores históricos da categoria. Em um momento que deveríamos apostar na unidade da nossa classe para enfrentar os ataques de Sartori(PMDB) como o parcelamento de salários e os ataques do golpista Temer(PMDB) como a PEC 55 e a reforma do ensino médio, a direção do CPERS divide a categoria colocando seus interesses de se perpetuar na direção do sindicato acima das interesses da categoria.
Nossa solidariedade com as (os) camaradas caluniados e nos somamos para derrotar este golpe vergonhoso. Não vamos aceitar esta calúnia e vamos apelar à categoria para rejeitar em Assembleia Geral esta punição injustificada.
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