É com muito pesar que recebo a notícia do falecimento da professora Fátima Fernandes no dia de hoje. Parafraseando Olga Benário, a nossa companheira lutou pelo melhor do mundo – pela escola pública, por uma sociedade justa e contra as injustiças.
Sempre combativa e presente na linha de frente, a professora Fátima era conhecida pelo seu trabalho sindical na Apeoesp. Foi do PT, militando na tendência Convergência Socialista, depois ingressou e se tornou uma figura histórica do PSTU e, há pouco tempo havia ingressado no PSOL. Uma pessoa admirável!
O nosso sonho socialista não morre com nossos companheiros; ao contrário, são sementes que lançam a esperança do amanhã. São estrelas históricas, cujo brilho norteará os passos do homem livre.
Essa tristeza me remete a uma nota melancólica do diário de Chico Mendes, retirada da revista O Seringueiro. Sempre me emociono quando leio esse seu devaneio. Transcrevo abaixo, sem adaptações para o português normativo, esse sonho lindo que tanto Chico, quanto Fátima ousaram sonhar.
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Atenção jovem do FUTURO
6 de setembro do ano de 2.120, aniversário ou 1° centenário da revolução socialista mundial, que unificou todos os povos do planeta. Nasceu [de um] só ideal e num só pensamento de unidade socialista, e que pôs fim a todos os inimigos da nova sociedade.
Aqui ficam somente a lembrança de um triste passado de dor, sofrimento e morte.
Desculpem
eu estava sonhando quando escrevi esses acontecimentos; que eu mesmo não verei. Mas tenho o prazer de ter sonhado.
Chico Mendes.
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Fátima Fernandes, Presente! O Socialismo vive!
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