Nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro, aconteceu uma forte Greve Geral contra a proposta reacionária de Reforma da Previdência Social (sistema de pensões), proposta pelo governo Emmanuel Macron.
Segundo o projeto apresentado, 42 regimes especiais seriam extintos, e criado um regime único, com grande rebaixamento de direitos para a maioria. A proposta pode ampliar ainda o data mínima para se aposentar e rebaixar o nível das pensões.
O movimento foi convocado unificadamente pelas principais entidades sindicais do país, como a CGT e o SUD, e afetou principalmente os setores de transportes, escolas e hospitais.
Cerca de 90% das viagens dos trens de alta velocidade foram canceladas, a maioria das linhas de metrô de Paris também ficaram paralisadas e centenas de voos foram cancelados. O aeroporto Charles de Gaulle, maior do país, funcionou apenas parcialmente.
Nas escolas do ensino básico e médio se verificou uma paralisação de 70% dos professores, segundo a FSU, Federação Sindical da Educação.
Mas, a greve teve a participação de outras importantes categorias, como: policiais, garis, advogados, aposentados, motoristas de transportadoras e estudsntes.
O movimento Coletes Amarelos, importante movimento social surgido em 2018, também apoiou a Greve Geral deste dia 5 de dezembro. E um manifesto assinado por 182 artista também chamou a apoiar as reivindicações do movimento dos trabalhadores franceses contra os ataques aos direitos previdenciários. Até pontos turísticos mundialmente conhecidos, como a Torre Eiffel, não funcionaram.
Estavam previstas cerca de 250 manifestações de rua. O governo partiu para a repressão, só em Paris havia a mobilização de cerca de 6 mil policiais para reprimir os protestos. Já foram noticiados pela imprensa vários confrontos entre manifestantes e policiais durante o dia.
Segundo pesquisas de opinião, 62% dos franceses apoiam os protestos e 47% se dizem contrários a reforma. A força do movimento já vem provocando uma divisão até na grande imprensa. Editoriais de grandes jornais, como Le Monde, já defendem que o governo deve recuar da proposta, com o receio de que existe uma ampliação ainda mais qualitativa das manifestações de rua, unindo a classe trabalhadora, a juventude e os movimento dos Coletes Amarelos.
As entidades sindicais já avisaram que caso o governo não recue de seus ataques ao sistema de pensões os protestos irão continuar, podendo ampliar os dias de paralisações. Algumas categorias, como ferroviários, devem inclusive seguir em greve a partir de amanhã, 06.
Comentários