Escrevo esse texto às pessoas preocupadas em dar uma derrota colossal ao fascista, visando trazer boas notícias e alguns conselhos de ação.
Estava dando uma olhada nos números do resultado do primeiro turno e fiquei mais esperançoso quanto às nossas chances de vencermos com força no segundo. Apresento esses números aqui pra vocês:
Eleitorado brasileiro: 147.306.295 de 208.944.528 (aproximadamente 60 milhões de brasileiros não são eleitores)
Compareceram às urnas: 117.364.560 (aproximadamente 30 milhões de abstenções)
Votos brancos + votos nulos: 10.313.141
Votos no nazista: 49.276.990
Votos no Haddad: 31.342.005
Votos no Ciro: 13.344.366
Votos no Alckmin: 5.096.349
Outros candidatos somados: 7.990.963
Ou seja, a diferença entre o nazista e o Haddad foi só de aproximadamente 18 milhões. Os votos do Ciro por pouco não dão a diferença. Os votos do coiso totaliza os bolsominions. A soma de abstenções, votos invalidados, e dos demais candidatos é de aproximadamente 67 milhões. Tem MUITA margem pra votos contra o inominável. Somando os petistas, aproximadamente 67% dos eleitores não fecha com o ditador verdadeiramente — sem contar com os que votaram mas não são fanáticos, que são a maioria.
Baseado nisso, acredito que não há motivos concretos para desesperança e que devemos adotar a seguinte linha:
– Fazer com que as pessoas que se abstiveram compareçam para votar Haddad 13.
– Fazer com que quem anulou vote Haddad 13 ou, no mínimo, que permaneça anulando no segundo.
– Fazer com que quem votou no fascista deixe de votar nele. E qualquer abalo da confiança do eleitorado é ponto forte para a derrota dele. Os fanáticos antidemocráticos são uma mixaria de lunáticos.
– Fazer com que quem votou no Ciro vote no Haddad e, nos piores dos casos, que apenas não votem no nazi. Você que apoiou o Ciro no primeiro turno, tente criar uma união eleitoral antifascista nos grupos online do candidato para converter o máximo de votos possível. Só com os votos e apoiadores do Ciro ao nosso lado, já teríamos grande parte da solução.
– Fazer com que quem votou nos demais candidatos votem no Haddad ou, no mínimo, anulem.
Precisamos de uma derrota esmagadora para que o resultado seja inquestionável e que os fanáticos abaixem a bola, e temos uma forte maioria do eleitorado pra isso. Vamos levantar a cabeça e buscar ações eficazes para realizar cada ponto, para dar uma vitória de, no mínimo, 55% vs. 45% ao petista.
Força e vamos juntos dar um passo robusto em direção ao amadurecimento da nossa democracia, da nossa cidadania e dos valores que vão levar o Brasil a um verdadeiro progresso econômico, político e social.
*Pedro Henrique é aluno de filosofia e militante da Resistência/PSOL
Foto: Agência Brasil
Fontes:
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
https://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes/2018/apuracao/1turno/brasil/
http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2018/Outubro/concluida-totalizacao-de-votos-do-1o-turno-das-eleicoes-2018
Leia outros artigos:
Cinco observações rápidas sobre o atentado contra Jair Bolsonaro por Valério Arcary
Entrevista no JN: Bolsonaro sendo Bolsonaro por André Freire
Bolsonaro, neoliberalismo e Ojeriza à política por Rejane Hoeveler
Cinco argumentos para desmascarar Bolsonaro Por Juliana Bimbi
Bolsonaro admite Petrobrás totalmente privatizada caso seja eleito Por Pedro Augusto
Conheça quem está por trás das ideias de Bolsonaro Por Gibran Jordão
Bolsonaro: Nem honesto, nem aliado dos trabalhadores Por Edgar Fogaça
Bolsonaro não é um espantalho por Valério Arcary
Em visita ao Pará, Bolsonaro defende a chachina de trabalhadores sem-terra Por Gizelle Freitas
Não se deve tercerizar para Ciro Gomes a luta contra Bolsonaro por Valério Arcary
Bolsonaro em contradição: três patacoadas do “mito”em apenas dez dias de 2018 por Matheus Gomes
5 fatos mostram que Bolsonaro é contra os trabalhadores e aliado de Temer por Lucas Fogaça
Comentários