Os 617.122 votos (0,58% dos votos válidos) que a chapa Boulos e Sonia teve, representando a aliança PSOL-MTST-PCB-APIB e Mídia Ninja, não corresponde ao imenso prestígio que a aliança ganhou entre os trabalhadores, a juventude e os movimentos de luta contra a opressão. O circuito que Guilherme Boulos está fazendo nas principais universidades públicas do país tem reunido alguns milhares de estudantes que sabem que Boulos e a aliança são uma referência para a luta direta contra o fascismo personificado na figura de Bolsonaro.
O peso de massas da extrema-direita neofascista (Jair Bolsonaro) subverteu essas eleições, precipitando um fenômeno do voto útil na candidatura de Haddad (PT) e na de Ciro Gomes (PDT), o que diminuiu consideravelmente o espaço eleitoral para a candidatura do PSOL. Agora, algumas correntes do PSOL (as mesmas que defenderam na conferência eleitoral uma candidatura doutrinária e antipetista) buscam, focando a luta interna, diminuir a importância da chapa Boulos e Sonia.
A verdade é que a chapa Boulos e Sonia teve uma audiência política muito superior ao espaço eleitoral que existia. Boulos sai como uma das principais figuras da esquerda brasileira e o polo que construímos, com certeza, vai disputar a direção da frente antifascista que está sendo forjada nestes meses.
Além disso, o PSOL teve uma vitória política e eleitoral ultrapassando a cláusula de barreira, com 2,8% dos votos (PCdoB, por exemplo, não conseguiu esse feito), e elegendo uma bancada parlamentar que vai ser muito importante nas lutas do próximo período.
A aliança entre o PSOL, MTST, APIB, PCB e Mídia Ninja se comprovou historicamente necessária porque não cedeu às tentações esquerdistas, ou seja, soube se diferenciar do PT sem ser antipetista e, principalmente, colocou no centro da sua tática a luta política contra Bolsonaro.
#BolsonaroNão#Haddad13 Foto: Midia Ninja
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