Unidade ampla pelo impeachment
Publicado em: 8 de setembro de 2021
Colunistas
Gabriel Casoni, colunista do Esquerda Online
Gabriel Casoni
Gabriel Casoni, de São Paulo (SP), é professor de sociologia, mestre em História Econômica pela USP e faz parte da coordenação nacional da Resistência, corrente interna do PSOL.
Colunistas
Gabriel Casoni, colunista do Esquerda Online
Gabriel Casoni
Gabriel Casoni, de São Paulo (SP), é professor de sociologia, mestre em História Econômica pela USP e faz parte da coordenação nacional da Resistência, corrente interna do PSOL.
Não foi um fracasso. Bolsonaro acumulou forças para seu plano golpista. Não foi o apocalipse como alguns previam disseminando o terror. Não houve insurreição de PMs, nem confrontos sangrentos. Mas, foram grandes os atos: centenas de milhares marcharam sob bandeiras fascistas. Distorcer a realidade para atender aos desejos é caminho certo e seguro para a derrota.
Bolsonaro é uma minoria social e política no país, estando cada vez mais isolado. Mas demonstrou ontem que a sua minoria de massas está disposta para a luta. Isso importa – e muito. Seu objetivo é vencer (golpe), do contrário, vai “morrer ou ser preso”. Não há meio termo.
Cabe às forças de esquerda e democráticas transformarem a maioria social e política da sociedade em maioria nas ruas. Esperar as eleições do ano que vem para tirar Bolsonaro é um risco enorme, uma irresponsabilidade brutal. A passividade agora, mais do que apenas um suicídio, é um crime político.
Um setor da burguesia e da direita acena para o impeachment. A esquerda deve estender as mãos e ajudá-los nesse movimento. A construção da unidade em torno de um único ponto – impeachment de Bolsonaro – é chave. Com essa unidade (que pode ir de Boulos até Doria, passando por Lula, Ciro, Kassab e outros – se o diabo quiser, também estará convidado), é preciso marcar um ato histórico e de massas para o final de setembro, ou o início de outubro. A tarefa é derrotar o fascismo nas ruas o quanto antes. Não temos tempo a perder.
A unidade de ação com setores burgueses dispostos a lutar pelo impeachment não implica o apagamento das bandeiras da esquerda e das organizações dos trabalhadores. O mote deve ser unitário (impeachment e ponto), mas cada qual leva suas bandeiras, faixas e panfletos.
O nosso dever: alertar a classe trabalhadora do perigo. Alertar a juventude do perigo. Alertar e convencer as grandes massas que não podemos esperar tranquilamente até o final de 2022 para tirar o fascista. Costurar a aliança tática mais ampla possível para esse fim. Afinal, pode não haver eleição (ou o seu resultado não ser respeitado). E a vida só piora a cada dia com inflação, desemprego, fome.
Com a luta da maioria, com o combate de massas, podemos e vamos vencer!
Top 5 da semana

brasil
Prisão de Bolsonaro expõe feridas abertas: choramos os nossos, não os deles
brasil
Injustamente demitido pelo Governo Bolsonaro, pude comemorar minha reintegração na semana do julgamento do Golpe
psol
Sonia Meire assume procuradoria da mulher da Câmara Municipal de Aracaju
mundo
11 de setembro de 1973: a tragédia chilena
mundo