Vitória da mobilização: 3,98% e retroativo desde maio de 2017.
Após um ano de uma luta dura e tenaz, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julga o dissídio salarial 2017/2018 dos metroviários da CBTU e, por unanimidade, bate o martelo no reajuste de 3,98% retroativo à data base de maio de 2017 e extensivo a todas as outras cláusulas sociais de natureza econômica.
Mas isso só foi possível graças à mobilização da categoria, após um ano de enrolação da justiça e da própria empresa, que propôs retirar o caso de pauta para uma falsa negociação. Falsa pois tudo que o Governo Federal e a empresa queriam era não pagar os retroativos desde a data base e retirar direitos históricos da categoria.
Essa tática fez com que a base da categoria só aumentasse seu grau de insatisfação, até o limite de os trabalhadores da base de Belo Horizonte aprovarem greve por tempo indeterminado no dia 29 de maio.
Essa greve já entrou na história da categoria de BH, com adesão de mais de 90%, em alguns setores de 100%. Uma categoria jovem e com muita disposição de luta.
Essa greve só não se transformou em uma greve nacional, pois os outros sindicatos da Base da CBTU nem convocaram assembleias para que seus trabalhadores decidissem se queriam ou não entrar na luta. Essa paralisia de outros setores é um empecilho para barrar de vez a proposta de retirada de direitos que o governo quer.
Agora é manter a mobilização, a união e a força da categoria, pois se com essa vitória, 2017 é pagina virada, 2018 está aí e não queremos nenhum direito a menos.
*delegado sindical do SindmetrôMG
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