Em assembleia, categoria aprovou paralisar a partir da terça-feira, às 0h
Na última quinta-feira (24), a assembleia dos metroviários de Belo Horizonte e região aprovou a greve por tempo indeterminado a partir de da zero horas da próxima terça-feira. A greve foi votada após se esgotarem todos os recursos. O último reajuste salarial foi em 2016, e além de estar há quase dois anos sem aumento, a categoria não quer perder 13 cláusulas sociais que o governo quer retirar. Entre elas, estão a licença amamentação, que dá direito à trabalhadora lactante a ter reduzida sua jornada de trabalho até os 18 meses do bebê; ataque ao plano de saúde; e o direito de os trabalhadores estudantes programarem o banco de horas.
Vale lembrar que, no meio disso tudo, o Governo Federal ainda que impor um aumento de 89% nas passagens do metrô e a categoria e o sindicato são contra, por entender que o metrô cumpre uma função social de garantir cultura, lazer, trabalho e estudo da população.
A reivindicação econômica da categoria é aumento de 9,59%, escalonado, uma demanda que surgiu da base categoria, que compreende ser essa forma mais justa, pois garante um aumento de valor igual para todos, acabando, assim, com muitas distorções e injustiças na empresa.
A greve chega, nesse momento, porque a paciência dos trabalhadores chegou no seu limite, o reajuste do ano passado está há mais de um ano na justiça e sem previsão de ser julgado e o desse ano o governo se mostra intransigente em negociar com a categoria. Os metroviários entendem que a situação é difícil, mas que a única forma de arrancar alguma vitória é com a luta. E será com a luta e unidade que a categoria irá seguir para dizer não à retirada dos direitos, não à privatização do metrô e não ao aumento das tarifas
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