Da Redação
O prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado, João Dória (PSDB), amargou uma grande derrota política nesta terça-feira (27). Ao contrário do que vinha propagando na imprensa, o governo não conseguiu os 28 votos necessários para aprovar o PL 621 (que ficou conhecido como SAMPAPREV), projeto de lei que pretende confiscar parte do salário dos funcionários públicos.
Diante da mobilização, o prefeito já havia sinalizado com um recuo em relação à proposta original, admitindo abrir mão da alíquota suplementar que levaria servidores a ter descontos de até 19% para a Previdência. Ainda assim, o SAMPAPREV de Dória, aos moldes do projeto do governo federal, propõe elevar a alíquota previdenciária de 11% para 14% e cria um novo fundo de previdência apontado pelos servidores municipais como uma política de destruição do Instituto de Previdência Municipal (IPREM).
Foram 20 dias de greve, mobilização considerada uma das maiores da cidade de São Paulo, que unificou todo o funcionalismo público municipal. Somente no professorado, a greve contou com a adesão de 93% das 1500 escolas municipais. Neste momento, os servidores seguem mobilizados e exigem o pagamento dos dias parados. Caso o projeto volte à pauta será retomada a paralisação.
Não tem arrego!
“Não confiamos nem no Dória, nem no Bruno Covas, que vai assumir o cargo de prefeito, e nem no Milton Leite. Por isso, nesses 120 dias vamos continuar mobilizados e em estado de alerta. Se for colocado novamente na pauta da Câmara Municipal o SAMPAPREV, voltamos a cruzar os braços”, destacou Silvia Ferraro, professora da rede municipal e membro da Direção Nacional do PSOL.
https://www.facebook.com/silviaferraropsol/videos/421185324974855/
A resistência e mobilização dos servidores de São Paulo é um exemplo para o país na luta em defesa dos direitos, em especial contra a reforma da Previdência que continua na agenda de ataques do governo Temer. É hora de toda a classe trabalhadora fazer ecoar o grito dos mais de cem mil manifestantes paulistas que intimidaram a Câmara de Vereadores e derrotaram o “prefeito-almofadinha” João Doria: “Não tem arrego!”
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