Por Rodrigo Claudio, da redação
O primeiro pronunciamento de Michel Temer (PMDB), depois da manobra parlamentar reacionária que derrubou Dilma Rousseff (PT), mostrou o plano do presidente ilegítimo para seus próximos dois anos de governo.
O plano é mais ajuste fiscal, reforma da previdência e a flexibilização das leis trabalhistas (CLT). Temer fez questão de reafirmar que não está interessado em popularidade: “Meu único interesse, e que encaro como questão de honra, é entregar ao meu sucessor um país reconciliado, pacificado e em ritmo de crescimento”.
O seu objetivo central é aprovar a PEC 241 que limita os gastos do executivo, principalmente nas áreas sociais, nos próximos 20 anos, ao orçamento atual corrigido pela inflação. Afirmou também que o Brasil precisa da reforma da previdência: “Para garantir o pagamento das aposentadorias, teremos que reformar a Previdência Social. Sem reforma, em poucos anos, o governo não terá como pagar aos aposentados”.
Por fim, anunciou a flexibilização das leis trabalhistas: “Para garantir os atuais e gerar novos empregos, temos que modernizar a legislação trabalhista. A livre negociação é um avanço nessas relações”.
Todos contra Temer
As manifestações desta quarta-feira(31) foram um primeiro sinal que podemos construir nas ruas uma forte resistência aos ataques do governo ilegítimo de Temer e derrotar seu ajuste fiscal.
É preciso uma ampla unidade de ação envolvendo os movimentos sociais. Precisamos que os partidos políticos de oposição a este governo, as centrais sindicais, os movimentos pela moradia e de juventude se unam em uma grande mobilização nacional para barrar os ataques anunciados pelo governo de Temer.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Conheça o programa do governo Temer
Confira a cobertura do impeachment pelo Esquerda Online
Foto: Beto Barata/PR
Comentários