Hoje, o Brasil é capa dos principais jornais do mundo. O impeachment de Dilma Roussef (PT) divide opiniões. Por traz das distintas argumentações jurídicas estão, na verdade, as reais motivações políticas que levaram a sua derrubada. Defendem a medida aprovada no Senado Federal aqueles quem querem um governo firmemente decidido a aplicar um brutal ataque aos direitos adquiridos no Brasil.
Entre os que estão contra a manobra reacionária, há duas posições. O PT está contra e quer mostrar ao capital internacional que é capaz de aplicar os planos. Já os movimentos sociais e partidos da extrema esquerda estão contra porque percebem a evidente ofensiva da direita, e sabem que as mudanças de governos podem expressar processos progressivos, mas também podem expressar processos reacionários.
As divergências não podem, no entanto, impedir a necessária luta comum. Nesta quarta-feira (31), as ruas de diversas capitais foram marcadas por atos espontâneos e mostraram que existe possibilidade de resistência. Sem balões, sem grandes aparatos, a resistência que se esboçou nas ruas de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Belo Horizonte, e outras dezenas de capitais, lembrou os primeiros atos de junho. Este é o caminho.
Precisamos fortalecer a resistência. Organizar os atos, priorizar a mobilização de base, unir no ponto que existe acordo. As ruas precisam se impor. O governo ilegítimo não pode continuar, queremos eleições gerais já.
Mobilizar e derrotar Temer é muito importante. Isso não se contrapõe em nenhum aspecto à necessidade da construção de um alternativa política que supere definitivamente os erros do PT.
Confira a cobertura do impeachment pelo Esquerda Online
Foto: Mídia Ninja
Comentários