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MOVIMENTO

Reforma da Previdência: “Se colocar para votar, o Brasil vai parar”, aponta reunião das Centrais Sindicais

Dirigentes orientam que os trabalhadores permaneçam mobilizados em assembleias, panfletagens e pressionando os deputados contra a proposta do governo Temer

Por Gisele Peres, da Redação

A continuidade da luta contra a Reforma da Previdência e a possibilidade de um calendário unificado foi a pauta da reunião entre todas as centrais sindicais do país que aconteceu na manhã desta sexta-feira (8), na sede da CUT, em São Paulo.

Os dirigentes optaram por não definir uma data de paralisação, e indicaram que os trabalhadores fiquem em “estado de greve”, preparados para paralisar o país, caso a proposta entre em votação no Congresso.

Entre as principais iniciativas está uma plenária do setor dos transportes na sede do Sindicato dos Condutores de São Paulo na próxima segunda-feira (11). Foi consensual entre os presentes, que a mobilização desse setor é determinante para que uma futura Greve Nacional seja vitoriosa.

Os dirigentes agendaram uma nova reunião para o dia 14, às 10h, também na sede da CUT.

https://www.facebook.com/gibran.jordao.3/videos/10213267526295170/?hc_ref=ARTbtsXpUsSj7x4bShDFZLRhEwD0ZDv6BQOyXsZs8npLH0p11GIgV-oihsb-KS5pSMM

Centrais Sindicais: Se colocar para votar, o Brasil vai parar

As centrais sindicais repudiam e denunciam como mentirosa e contrária aos interesses do povo brasileiro a campanha que o governo Michel Temer vem promovendo para aprovar a contrarreforma da Previdência.

A Proposta enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional não tem o objetivo de combater privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, bem como abrir caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos banqueiros.

Quem de fato goza de privilégios neste País são os banqueiros e os grandes capitalistas, que devem mais de 1 trilhão de reais ao INSS, não pagam e, pior, não são punidos.

Os atuais ocupantes do Palácio do Planalto servem a essas classes dominantes. Tanto isto é verdade que o governo já havia desistido de aprovar a sua contrarreforma neste ano. Voltou atrás por pressão do chamado “mercado”, ou seja, do empresariado e seus porta-vozes na mídia.

A fixação da idade mínima para aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, assim como outras alterações nas regras da Previdência pública, vai prejudicar milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.

A contrarreforma do governo é inaceitável para a classe trabalhadora e as centrais sindicais e tem custado caro aos cofres públicos. Por isto é rejeitada pela maioria dos brasileiros e brasileiras.

É falsa a ideia de que existe déficit da Previdência. Para melhorar as contas públicas é preciso cobrar mais impostos dos ricos, fazer com que os empresários paguem o que devem à Previdência, taxar as grandes fortunas, os dividendos e as remessas de lucros ao exterior.

A centrais reafirmam a posição unitária da classe trabalhadora e de todo movimento sindical contra a proposta do governo e convocam os sindicatos e o povo à mobilização total para derrotá-la.

Calendário de Luta e Mobilização

JORNADA DE LUTAS CONTRA O DESMONTE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E EM DEFESA DOS DIREITOS

● Plenária do setor dos transportes segunda feira 11/12 às 15h na sede do sindicato dos condutores de São Paulo para organizar a paralisação quando/se for votada a reforma;

● Pressão sobre os deputados em atividades públicas, aeroportos e no congresso nacional;

● Realização de plenárias, assembléia e reuniões com sindicatos para construir o calendário de luta;

● Dia Nacional de Luta 13/12 contra a reforma da previdência;

● Próxima reunião das centrais dia 14/12;

● Elaborar panfleto e organizar panfletagem esclarecer sobre os riscos da reforma da previdência e disputar a narrativa com a grande imprensa;

● Fazer campanha nas redes sociais contra a reforma da previdência;

● Contruir mobilizações e atos com o movimento social em conjunto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Adilson Araujo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil

Antonio Neto, presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical

José Calixto Ramos, presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Vagner Freitas, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhares

Carlos Prates, CSP Conlutas – Central Sindical e Popular

Edson Carneiro Indio, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Br

Nilton Paixão, presidente da Pública Central dos Servidores

SE COLOCAR PRA VOTAR, O BRASIL VAI PARAR!