Por: Edgar Passos, de Poá, SP
Na noite desta segunda-feira (04/09), educadores e ativistas sociais de Poá lotaram o plenário Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para debater os rumos da cidade frente à crise do ISS e a agenda de ataques aos serviços públicos impostos pela gestão municipal.
Promovida pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL – SP) e o SINTEP, a audiência contou com a presença das centrais sindicais Conlutas, Intersindical e CUT, de parlamentares, vereadores, o prefeito de Poá e seu vice.
Inúmeras denúncias surgiram para serem encaminhadas ao Ministério Público (MP) e tribunais de contas, como o fechamento de turmas no meio do ano e contratos duvidosos realizados entre prefeitura e empresas, exemplificado na compra de mil diários de classe por R$ 32 a unidade, valor 10 vezes superior ao valor de mercado. Também a dívida ativa bilionária de empresas com estados e municípios foi apontada como fator determinante na queda de arrecadação e consequentes ataques aos trabalhadores.
O prefeito repetiu o discurso, se isentando de culpa e afirmando ser impossível garantir os serviços públicos básicos, como saúde e educação, nos patamares atuais. Segundo ele, um orçamento previsto de R$ 292 milhões para 2018 não é capaz de cobrir uma folha de pagamento de R$ 220 milhões, por isso temos de aceitar o fechamento de um hospital, salas de aula e redução de salários, mesmo restando R$ 72 milhões para outras demandas. Tudo porque a Lei de Responsabilidade Fiscal impõe esta injustiça absurda.
Mas, a resposta dos educadores foi clara: as injustiças devem ser combatidas e nenhuma lei está acima da Constituição Federal, que garante os direitos fundamentais ao povo. Portanto, é possível garantir os direitos dos servidores e os serviços públicos aos munícipes, contando com o apoio dos movimentos sociais e da Carta Magna do país. Basta agora o prefeito Gian escolher seu lado, se juntar ao povo contra as injustiças e retrocessos, ou seguir ao lado dos poderosos e suas “manobras legais” para tirar dos trabalhadores o básico: o direito ao futuro.
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Fotos: Mandato Carlos Giannazi | Reprodução Facebook
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