Por: Ismael Feitosa, de Recife, PE
Isenções fiscais e uma enorme quantidade de cargos comissionados. Foi sob esta realidade que os servidores do Recife aguardaram seis meses para ouvir do prefeito Geraldo Júlio a proposta de 0% de reajuste salarial. Recife é uma cidade que paga para a enorme maioria dos seus servidores uma média salarial bem inferior a R$ 2 mil.
Ouvir este tipo de proposta sobres as exigências referentes às perdas de 2016 que, em agosto de 2017, ainda não foram atendidas, é muito difícil para o conjunto dos funcionários. Seja para quem trabalha no auxílio de crianças nas escolas e CMEIs, para quem presta assistência social à população de rua e acolhidas sob vários tipos de vulnerabilidades, ou para quem presta o primeiro atendimento de saúde nos postos, para quem cuida da limpeza, manutenção, do patrimônio e trânsito da cidade.
Por isso, nesta terça-feira (8), foi construído um dia unificado de todas as categorias contra este desrespeito do prefeito Geraldo Júlio (PSB) para com o servidor e a cidade do Recife. Boa parte das categorias municipais já se encontram na segunda semana de greve, ou já votaram deflagrar o movimento paredista a partir da semana que vem.
A Câmara Municipal, onde o prefeito tem amplo apoio, precisa pressionar para que este estabeleça uma negociação real e concreta com os servidores. Geraldo Júlio precisa entender que suas propostas de bônus e de acréscimo de R$ 2,50 sobre um vale alimentação de R$ 15,50 não contempla os servidores da capital pernambucana.
Sendo assim, ocupações como a da Câmara e o fortalecimento da campanha salarial unificada precisam continuar e se fortalecer, para que o prefeito, de fato, atenda às reivindicações.
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