Da Redação, de Fortaleza, CE
A greve dos trabalhadores da construção civil de Fortaleza, que começou na quinta-feira (6), entra em seu sexto dia. A adesão e a força dos trabalhadores segue crescente. Suas reivindicações de reajuste salarial de 6,5%, aumento da cesta básica e vale combustível têm se mesclado com a luta nacional contra as famigeradas reformas do golpista Temer e dos grandes empresários do país.
A indignação pela aprovação da Reforma Trabalhista foi a tônica da greve nos últimos dois dias. Hoje, quinta-feira (13), o tema da condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro esteve presente nas rodas de conversa dos inúmeros piquetes que formaram a passeata unificada da greve até a Assembleia Legislativa (AL-CE).
A ida até a AL-CE teve como objetivo exigir do presidente da casa uma audiência pública entre o sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal, para que este retorne à mesa de negociação e atenda às reivindicações dos grevistas. Em frente à AL-CE, o deputado estadual do PSOL Renato Roseno declarou apoio à greve e se comprometeu a interceder junto ao presidente da Assembleia Legislativa para a realização de uma audiência.
No final do ato, houve assembleia e a categoria decidiu pela continuidade da greve que está cercada de solidariedade. Trabalhadores rodoviários, gráficos, professores, da confecção feminina e até um diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém, Zé Gotinha, estão apoiando a greve. “A vitória dos operários de Fortaleza é uma vitória para os operários da construção civil de Belém”, afirmou.
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