Da Redação
As centrais sindicais se reuniram, na tarde desta sexta-feira (23), e definiram que a greve geral está mantida para o dia 30 de junho. Com o mote “Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria”, os trabalhadores do país vão parar as atividades.
“Vamos colocar o bloco na rua. Saiu a unidade das centrais e dia 30 é dia de greve geral para derrubar Temer e derrotar as reformas”, disse o coordenador geral da Fasubra e membro da Executiva da CSP-Conlutas Gibran Jordão, em entrevista ao Esquerda Online logo após o término da reunião.
Além do dia 30 de junho, ficou decidida a realização de atividades nos aeroportos do país nos dias 27 e 29, para pressionar os Senadores a votarem contra as reformas de Michel Temer (PMDB). O principal local é o aeroporto de Brasília. As centrais estão marcando, ainda, um protesto para o dia 28 de junho, data prevista para entrar em pauta a Reforma Trabalhista no Senado Federal. Há três dias, em Comissão de Assuntos Sociais do Senado, a Reforma Trabalhista foi rejeita, mas ainda precisa ir para plenário, onde será decidida pela sua implementação, ou não.
O também membro da executiva da CSP-Conlutas, uma das centrais que participaram da reunião e defendeu a manutenção do dia 30 como uma data de greve geral, considerou como fundamental a manutenção da data. “Depois do informe das centrais com um debate acalorado, ficou definido que, no dia 30, o Brasil vai parar contra a Reforma Trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria. Apesar do atraso das centrais e do jogo que gerou insegurança em muitas categorias, agora é arregaçar as mangas e fazer um grande dia 30, como foi o dia 28. Esse governo é um governo contra a classe trabalhadora brasileira, um governo que está em crise. Essa é a hora. É possível parar as categorias e fazer um grande movimento, uma grande paralisação no dia 30”, argumentou.
A opinião foi corroborada pelo membro da executiva da Apeoespe, um dos maiores sindicatos do país. Richard Araújo convocou todos os profissionais em educação a aderirem ao movimento. “Desde já, chamamos os trabalhadores em geral, particularmente os trabalhadores em educação, que foram fundamentais para construir o movimento de luta contra as reformas, a tomarem as ruas, organizarem as suas comunidades. Vamos construir um grande dia 30, porque é possível derrubar Temer, as reformas e defender os diretos dos trabalhadores”, concluiu.
Vídeo
Leia a íntegra da nota das centrais, com o calendário de lutas aprovado:
NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
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